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Neymar deixa estádio com risadas e machucados: "Namorada vai cuidar"

29 mar 2017 - 02h02
(atualizado às 10h49)
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O atacante Neymar deixou o estádio de Itaquera com um sorriso digno de quem acabara de ser ovacionado por um público normalmente pouco afeito a aplaudir o futebol da Seleção Brasileira. Feliz por conseguir arrancar palmas e cânticos de incentivo da normalmente sisuda torcida paulistana, o atacante só reclamou das pancadas recebidas na grande exibição na vitória por 3 a 0 diante do Paraguai, nesta terça-feira, pelas Eliminatórias da Copa.

"Foram muitas (faltas), mas não ligo mais não, podem bater a vontade", afirmou o jogador, com uma bandana vermelha amarrada em sua cabeça e bastante paciência para atender a quase centena de jornalistas presente à zona mista da arena corintiana. Sua presença chamou tanta atenção que até a imprensa paraguaia, que lamentava o revés e uma arbitragem considerada "caseira", se amontoou para ouvi-lo.

"Falam que é o único jeito de parar né?! Acaba doendo depois do jogo. Estou todo dolorido aqui, todo me doendo. Agora vou para casa para a namorada cuidar (risos)", contou o jogador, que só retorna para Barcelona nesta quarta-feira e mantém residência no Guarujá desde a época em que jogava no Santos.

O único ponto que não deixou Neymar exultante na partida foi o pênalti desperdiçado por ele logo no começo da etapa final. Na ocasião, ele invadiu a área adversária e caiu após carrinho do lateral Rojas. Com a sua "paradinha" característica, o jogador do Barcelona não conseguiu deslocar o goleiro, que fez a defesa no canto direito. "Fiquei muito bravo", relatou o avante, que chutou o gramado algumas vezes durante o minuto seguinte, em sinal de lamentação.

Ainda assim, o camisa 10 recebeu o apoio da torcida, com palmas sempre que chegava próximo à linha lateral e um grito de "olê, olê, olê, olá, Neymar, Neymar" puxado na sequência. A resposta veio pouco depois, quando ele driblou dois adversários, carregou a bola desde o meio-campo, deu uma finta de corpo no terceiro e chutou colocado para marcar o seu gol. "Olha, eu nem lembro como foi. Mas se estão falando que foi bonito, melhor ainda", brincou.

Assim como na véspera, quando foi escolhido para dar entrevista e relatar por que aceitou ser capitão da equipe novamente, Neymar fez questão de exaltar a participação do técnico Tite no momento da Seleção, agora classificada para a Copa do Mundo, com 100% de aproveitamento nos 9 jogos disputados sob o comando do ex-corintiano.

"Ele merece todo apoio da torcida, jogadores, presidência, estafe. É um cara genial. Ele nos dá muita confiança para jogar. Ele merece não só o grito daqui, mas de todo Brasil", bradou o jogador, antes de minimizar os questionamentos sobre a possibilidade de, ao final do ano, ser eleito o melhor jogador do mundo.

"Não é que não tenha a ambição, claro que todo jogador gosta de ser o melhor, de um dia sonhar com a bola de ouro. Mas eu não gosto de ficar falando, de ser melhor do que ninguém, eu gosto de ser melhor do que eu mesmo, de me superar sempre", concluiu o atacante.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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