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Futsal

Herói do título de 2012, Neto teme futuro da Seleção e detona presidente

20 out 2016 - 09h02
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Herói do título mundial de 2012, na Tailândia, quando marcou o gol de desempate faltando apenas 19 segundos para o fim da prorrogação contra a Espanha, Neto não foi convocado para a Copa do Mundo de futsal deste ano, na Colômbia, torneio que marcou a pior campanha da Seleção Brasileira em uma edição do evento. Eliminado nas oitavas de final para o Irã, o Brasil teve seus momentos conturbados nos bastidores - quatro trocas de comissão técnica e outras duas presidenciais, além do boicote de jogadores - refletidos em quadra e não conseguiu confirmar as expectativas de chegar, ao menos, entre os três melhores colocados. Ausente desta vez, Neto crê que o planejamento da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) mereceu o resultado sofrido na trágica campanha verde e amarela citando decisões inexplicáveis feitas pela entidade nos últimos anos.

"As coisas já começaram de maneira errada quando a Confederação Brasileira resolveu demitir todos os membros da comissão técnica da Seleção logo após conquistar a Copa do Mundo de 2012. Eu, Tiago e Falcão não fomos mais convocados pelo fato de a gente ter exigido ao diretor Edson Nogueira algumas melhorias aos atletas", comentou o jogador em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva. "Os atletas até hoje não receberam uma premiação por vencerem o Mundial de 2012. Quem levou a família teve que arcar com custos de hotel, alimentação e outras coisas, porque a CBFS simplesmente ignorou essas questões".

Atualmente no Cazaquistão, onde defende o Kairat, Neto criticou fortemente o atual presidente da CBFS, Marcos Madeira. Apesar de ter assumido a presidência da entidade, ele não era o candidato preferido dos atletas após as saídas de Aécio Borba Vasconcelos e, posteriormente, de Renan Tavares neste último ciclo. Vencendo Nilton Romão, que possuía o apoio da maioria dos jogadores, o dirigente desagradou o fixo brasileiro durante o período em que comandou o futsal mineiro, onde Neto iniciou sua carreira. Conhecendo bem o trabalho do atual mandatário, Neto adotou um tom pessimista para projetar o futuro do esporte no país com Madeira no controle.

"Para falar do Marcos Madeira temos que voltar um pouquinho no tempo. Eu comecei minha carreira em Minas Gerais, sou de Uberlândia, joguei pelo Minas. O Marcos Madeira presidiu a Federação Mineira de Futsal por 30 anos. Um presidente que não conseguiu fazer o futsal mineiro se desenvolver vai conseguir elevar o padrão do futsal brasileiro? O campeonato mineiro é um dos piores do Brasil. Se ele não fez melhorias em um estado vai conseguir fazer em um país com 27 estados?", pontuou.

Diante da necessidade da Seleção em retomar a soberania no cenário mundial e oferecer melhores condições aos atletas, Neto crê que apenas uma pessoa tem capacidade para guiar essa volta por cima verde e amarela: PC Oliveira. Campeão mundial com o Brasil em 2008, o treinador atualmente não está ligado a nenhuma função relacionada ao futsal e exerce o cargo de coordenador técnico da Ferroviária, clube pelo qual chegou a ser jogador de campo.

"Na minha opinião existe apenas uma pessoa capaz de corrigir o que está sendo feito no futsal brasileiro: PC Oliveira. Quando esteve à frente da Seleção ele criou uma disputa sadia entre os jogadores por um espaço no time, fazia com que os atletas sentissem vontade de serem convocados, ele sabe o que o atleta precisa. Já trabalhei com grandes treinadores, como o Miltinho, Ferretti, Jesús Candelas, mas acredito que o PC Oliveira é o melhor", finalizou.

*Especial para a Gazeta Esportiva

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