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Ginástica

Herói olímpico, Zanetti treina entre goteiras e aparelhos enferrujados

26 jan 2013 - 13h03
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Uma reportagem veiculada neste sábado na Rede Record mostrou as condições precárias nas quais Arthur Zanetti, ginasta campeão olímpico pelo Brasil nas argolas, treina em um ginásio na cidade de São Caetano do Sul. Seis meses após conquistar a medalha de ouro nos Jogos de Londres, o atleta não ganhou nenhuma melhoria nas instalações ou bonificação financeira da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

Arthur Zanetti (centro) fez história ao conquistar primeira medalha olímpica da história da ginástica artística brasileira
Arthur Zanetti (centro) fez história ao conquistar primeira medalha olímpica da história da ginástica artística brasileira
Foto: Getty Images

O ginásio em que Zanetti treina - o mesmo que usou para se preparar para o triunfo na Olimpíada - tem um telhado repleto de goteiras, aparelhos enferrujados e uma sala de musculação que na verdade é um corredor com alguns equipamentos. "Alguns aparelhos estão quebrados, e tem também a falta de pesos. Às vezes você vai fazer um supino, que exige uma carga mais pesada, e só duas pessoas podem fazer (por vez), porque senão o peso acaba", disse o ginasta.

Técnico de Zanetti desde que o jovem tinha sete anos, Marcos Goto confirmou que nenhum novo patrocinador apareceu e que seu salário continua o mesmo após a vitória olímpica. Além disso, uma premiação prometida pela CBG não foi paga. "É difícil entender o que você tem que conquistar no esporte para ser valorizado. Eu fiz meu trabalho muito bem feito, o Arthur trouxe uma medalha para o País, e foi prometida uma coisa que não foi cumprida. Um medalhista olímpico, nos Estados Unidos, ganha US$ 500 mil de prêmio. Meu contrato vence em dezembro e até agora ninguém conversou conosco", afirmou o treinador.

Zanetti disse que, se Goto não permanecer como técnico da CBG, vai deixar a Seleção Brasileira. "Se ele não for, eu também não vou, porque ele é meu técnico, ele que me criou", disse o ginasta. Já a presidente da CBG, Luciene Resende, admitiu que a premiação prometida a Zanetti e Goto ainda não foi paga, mas disse que o contrato do treinador deve ser renovado assim que a confederação acertar a assinatura de alguns patrocínios.

Fonte: Terra
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