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Grupo ligado a vítima da tragédia pede saída de Del Nero

6 dez 2016 - 17h16
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Ex-funcionários da CBF e integrantes de um grupo ligado ao vice-presidente da entidade, Delfim Peixoto, que morreu na queda do voo da Chapecoense, enviaram no início da tarde desta terça (6) uma petição à confederação, no Rio, pedindo o afastamento de seu presidente, Marco Polo Del Nero. Eles se baseiam no conteúdo do relatório paralelo da CPI do Futebol no Senado, no qual estão listados vários crimes atribuídos a Del Nero.

O documento assinado pelos advogados Levy Leonardo de Luna Monteiro e Michael Chang Bartolome pede ao diretor de Ética da CBF, deputado federal Marcelo Aro (PHS-MG), a instauração imediata de uma Comissão Ética Disciplinar para “apurar os diversos indícios de irregularidades imputados contra o presidente em exercício, Marco Polo Del Nero” e demais integrantes da cúpula da entidade, “de modo que se esclareçam os fatos indignos apontados”.

Ao mesmo tempo, a petição “requer o afastamento imediato do Sr. Marco Polo Del Nero das funções de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), até serem concluídas as investigações internas e internacionais”. O dirigente foi indiciado pela Justiça dos Estados Unidos no ano passado por crimes de corrupção, citados no relatório paralelo, e evita sair do País com receio de ser preso pelo FBI.

Foto: Getty Images

O advogado Levy Monteiro disse que o pedido seria apresentado na semana passada. Decidiu adiar a medida por mais alguns dias em respeito às vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, ocorrido na terça-feira (29). Ele esteve no início da tarde na sede da entidade para protocolar o pedido. Contou à reportagem que um funcionário da CBF, Luís Silva, levou o documento até o Jurídico da confederação e somente depois de uma hora voltou ao encontro de Levy para lhe dizer que ninguém assinaria o recebimento da petição.

“Fomos então a uma agência de correio da Barra da Tijuca e enviamos a petição à CBF pelo Sedex. Nos deram um chá de cadeira, numa total descortesia”, relatou Levy Monteiro.

Com base no relatório paralelo da CPI (de autoria dos senadores Romário (PSB-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede/AP), os advogados ressaltam que “Romário apontou diversos indícios de irregularidades e, nesse contexto, pediu o indiciamento de todas as figuras nefastas do futebol brasileiro, incluindo o atual presidente (da CBF) e demais dirigentes, fatos que serão objeto de deliberação do Órgão do Ministério Público.”

A petição prossegue com as seguintes indagações dos advogados. “Diante do atual momento, pergunta-se ao Diretor de Ética da entidade: O que falta para os afiliados e membros deliberativos da CBF iniciarem uma investigação preliminar contra todos os envolvidos? O que tem a dizer o Conselho de Ética sobre as irregularidades? Por que a Fifa ainda não liberou a quantia de 100 milhões de dólares (do legado da Copa do Mundo) para a CBF?”

A CBF não se manifestou oficialmente sobre o assunto. 

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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