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Desgastado, proprietário do Guará critica investidores e torcida

12 dez 2013 - 15h56
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Proprietário do Guaratinguetá Futebol Ltda., Sony Alberto Douer mudou seu discurso inicial e ameaçou fechar o clube. A alegação do mandatário é a falta de estrutura financeira dos empresários, que demonstraram o interesse em assumir o Tricolor do Vale. Após o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro, o time foi colocado à venda, com duas condições: seu futuro presidente, além de mostrar condições de assumir o Guará, deveria ser da cidade. Fato que interromperia os rumores de uma nova mudança de sede, como aconteceu em 2011, quando a equipe migrou para Americana. Contudo, decepcionado com as propostas, Douer declarou que abrirá negociações com qualquer um que deseje assumir sua empresa, e ainda fez questão de criticar a torcida guaratinguetaense.

"Eu, a partir de hoje, abro negociações com qualquer um que queira comprar o time. De qualquer lugar. E se não aparecer qualquer um, eu fecho a empresa. Encerra as atividades e pronto", disse o proprietário, em entrevista à Super Rádio Piratininga.

Adiante, Sony contestou a proposta do fundador do clube, o advogado Mário Augusto Nunes. Na visão do empresário, a investida de Marinho não possui consistência: "O Marinho fez um oba-oba enorme com torcida e com a imprensa, além de me enviar uma carta com ofensas. Ele não apresenta nada, nenhuma comprovação financeira. Estamos aqui fechando as portas e ele diz que 'oportunamente vai apresentar quem são os investidores que podem garantir a permanência do Guará na cidade'. Não existe oportunamente. Tem que ser pra agora", sintetizou.

Em tom desgastado, o mandatário do Guaratinguetá recordou as campanhas vitoriosas do clube e ainda pôs em xeque a popularidade de Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, que é natural do município valeparaibano: "Durante a minha permanência em Guaratinguetá, nesses últimos 12 anos, eu nunca tive apoio de ninguém. Se o futebol de Guaratinguetá existe, ele se deve exclusivamente a mim. Quem tocou sempre fui eu. E não se faz futebol sozinho na vida. A gente tinha um teco-teco, que se tornou um Boeing. Um dia em Guaratinguetá ainda vão falar: 'Eu era feliz e não sabia. Tenho saudade quando o Sony fez um time brilhante, levou o time a ser campeão do interior'. O que nós fizemos é brilhante. E qual foi o reconhecimento? 700 pessoas no estádio? Deveria ter fila na nossa porta com empresas querendo ajudar. Porque o Guará é mais conhecido pelo time do que pelo Frei Galvão", expressou.

Acerca da média de público da equipe no Campeonato Brasileiro da Série B, a terceira pior entre os vinte clubes, com 1.500 torcedores, o proprietário foi enfático: "Um jogo de vida ou morte com 800 gatos pingados no estádio é inaceitável. A torcida não nos apoia. Tivemos um programa de sócio-torcedor praticamente de graça. Na hora de ajudar com 20 reais, só apareceram 300 torcedores. E ainda com inadimplência", lamentou.

Por fim, Sony expôs que não intermediou nenhuma negociação com a cidade de Jaguariúna-SP, que foi especulada como a futura casa do Guaratinguetá: "Eu não tratei a venda com ninguém de fora e muito menos com Jaguariúna. Nem conheço o prefeito da cidade. Sei até que é uma cidade menor que Guará. Ou seja, não tem a menor condição. Não tenho nada conversado com ninguém. Mas a partir de hoje estou livre para fazer o que eu bem entender. Hoje eu me liberto para procurar outras opções. Se nesse meio tempo eles chegarem com algo, maravilha. Mas o prazo que eu dei para a cidade de Guará venceu", completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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