A cidade de Sochi, na Rússia, não está entre as mais conhecidas dos brasileiros. Pudera: a área urbana do município tem 343 mil habitantes, população equivalente às de cidades como Vitória (ES), Caucaia (CE), Itaquaquecetuba (SP) ou Pelotas (RS), e é basicamente procurada por milionários do Leste Europeu em busca de um lugar de temperatura amena para passar as férias.

Neste período, Sochi passou a ser tão conhecida internacionalmente quanto cidades de mais história ou de maior população, como Moscou, São Petersburgo, Novosibirsk, Ekaterinburgo, Omsk, Kazan e Volgogrado. Assim, a cidade ganhou força como sede de grandes eventos, como o Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1 (a partir de 2014) ou partidas da Copa do Mundo de 2018 (uma das cidades-sede).

Infelizmente, tal movimentação também despertou a atenção de grupos de extremistas islâmicos. Em dezembro de 2013, a cidade de Volgogrado (a cerca de 680 km de Sochi) foi palco de dois atentados a bomba de um grupo que pede a independência do Daguestão, região russa de maioria islâmica. O grupo prometeu manifestações semelhantes durante a Olimpíada de Inverno em fevereiro, semeando o pânico e deixando em alerta as autoridades.

Ainda assim, Sochi espera com ansiedade a competição. Terra natal do  ex-tenista Yevgeny Kafelnikov, do ex-jogador de futebol Slava Metreveli, do físico Andre Geim (Prêmio Nobel em 2010) e do líder político Boris Nemtsov, a cidade à beira do Mar Negro espera fazer da 22ª edição das Olimpíadas de Inverno um evento quente, frio e para todos, conforme diz o próprio lema da organização.