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Com Celso Roth, Inter volta à defesa forte e velocidade no ataque

10 ago 2016 - 12h02
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O estilo de Argel Fucks, treinador do Internacional por 11 meses, traduzia um desejo do presidente Vitório Píffero e do então vice de futebol Carlos Pellegrini: um técnico "sanguíneo", que refletia a "escola gaúcha" de futebol. Argel caiu e chegou Falcão, que tinha um estilo radicalmente diferente: toque de bola e aproximação. Agora, com Celso Roth, a ideia de um comando "sanguíneo" na casamata volta.

Em onze meses, Argel aplicou um estilo de defesa recuada, muitos lançamentos longos e transição rápida para o ataque. No ano de 2016, esse estilo se traduziu em um fato: o Inter passou a ser a equipe com maior número de cruzamentos no futebol brasileiro, 27,7 por jogo.

Argel era criticado por ser um técnico com estilo previsível: a equipe do Internacional passou a ter dificuldades em superar a marcação e construir repertório de jogadas de ataque. Isso se traduziu em uma série de cinco jogos sem vitória que culminou na sua demissão. Na partida contra o Santa Cruz, Argel apostou em chutões para o centroavante Ariel Nahuelpán buscar o cabeceio, e fracassou - a derrota por 1 a 0 decretou a sua queda.

Com a saída de Argel, o Inter apostou em uma mudança radical: contratou Paulo Roberto Falcão. Criado no Rio Grande do Sul e formado no Inter, Falcão buscava uma estratégia diferente do clichê da "escola gaúcha": buscava duas linhas organizadas, na defesa e no ataque, avançando de forma sincronizada e trocando passes. Entretanto, a lentidão na transição diminuiu o número de finalizações - de 11,7 por jogo com Argel para 8,2 com Falcão.

Agora, a ideia do Internacional com Celso Roth, além de um "bombeiro" para salvar a equipe do rebaixamento, é voltar ao sistema de defesa firme e transição rápida ao ataque.

"O Celso tem um passado no Internacional, uma relação próxima comigo, com o Ibsen, é um técnico que tem ideias com as quais nós concordamos. Eles precisam ter a confiança e o respaldo para que errem. No dia a dia, vamos ver o que mais precisa ser acrescentado, além de foco, trabalho, dedicação, renúncia. Jogador precisa fazer 80% do que não gosta e 20% do que gosta. Tenho certeza que todos sabem disso", afirmou Fernando Carvalho, novo vice de futebol.

"Organizar uma equipe rápida é uma característica muito importante, mas não é só isso. Temos que ter o equilíbrio. Ao contrário de muita gente diz, o jogador brasileiro não é indisciplinado taticamente: tem que fazer trabalho para que ele se discipline", afirmou Celso Roth.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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