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Olimpíada 2016

Agora dirigente, Murer lembra patrocínio a Thiago Braz

26 ago 2016 - 08h43
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A brasileira Fabiana Murer abandonou as pistas após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 para ser dirigente no atletismo nacional. Mas ela já trabalhou para desenvolver a modalidade enquanto ainda competia, apoiando financeiramente o começo de carreira de Thiago Braz.

Murer confirmou sua aposentadoria como atleta profissional e assumiu o cargo de gerente institucional da equipe de atletismo da BM&F Bovespa, que representava. Quando Thiago Braz mudou-se do interior para a Grande São Paulo para treinar com Elson Miranda, marido e técnico de Murer, foi ela quem bancou o agora campeão olímpico até ele ser contratado pelo mesmo clube que defendia.

"Foi uma ajudinha para ele vir a São Paulo e começar a treinar. Era fim de setembro, ou outubro, e nesses meses o atleta não tem remuneração porque os clubes contratam a partir de janeiro. Ajudei na sustentação para ele começar o treinamento, depois foi contratado pelo clube e conseguiu se sustentar em uma cidade grande", explicou a agora ex-saltadora.

Treinando ao lado de Murer, Thiago Braz projetou-se no cenário internacional da modalidade a ponto de chamar a atenção de Vitaly Petrov. O ucraniano, ex-técnico de Sergey Bubka, prestava consultoria ao grupo de saltadores comandado por Elson Miranda e quis treinar o atleta brasileiro em tempo integral. Acabou rompendo relações com o marido de Fabiana Murer e ganhou um novo pupilo.

No segundo semestre de 2014, Thiago Braz mudou-se para Formia, na Itália, para trabalhar com Petrov e deixou o clube da BM&F Bovespa. Na última semana, conquistou o ouro dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Nesta quinta, foi premiado pela instituição com uma barra de 1kg de ouro pelo triunfo.

"O Elson me revelou no início da carreira e a Fabiana ajudou me patrocinando por três meses. Essa conquista é significativa para mim. É uma evolução do salto com vara. O Vitaly não está aqui, mas eu e ele sabemos como foi difícil chegar nesse momento", disse o campeão olímpico.

Como gerente institucional do clube da BM&F Bovespa, Fabiana Murer ficará responsável por grande parte da comunicação entre a instituição e as federações locais e internacionais da modalidade. Além disso, espera poder usar seu cargo para repassar à diretoria a visão dos atletas sobre a instituição.

"Eu viajei muito então tenho contato com agentes de fora, diretores de competições. É muito difícil um atleta sul-americano entrar em meetings na Europa, precisa ter um resultado muito bom. Mas se tiver alguém que eles já conhecem no meio, fica mais fácil", exemplificou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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