PUBLICIDADE

Apesar de não cumprir meta, COB comemora campanha olímpica

22 ago 2016 - 16h01
(atualizado às 16h01)
Compartilhar
Exibir comentários

Mesmo sem atingir a meta do número de medalhas e de chegar entre os dez mais bem classificados dos Jogos, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) exaltou a campanha de seus atletas na Olimpíada do Rio, durante entrevista na tarde desta segunda-feira (22), na Barra da Tijuca. Para seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, a participação do País foi excelente, com 19 medalhas conquistadas, sete delas de ouro. A estimativa dos dirigentes era de 23 a 27 pódios.

"Temos o dever cumprido. Houve uma diversificação de resultados por continentes e países. A performance de nossos atletas abriu as portas para o futuro de várias modalidades", ele disse.

Thiago Braz, que levou o ouro no salto com vara, não era uma das apostas do Brasil para ganhar a medalha dourada na Rio 2016 já que teria como rival o atual recordista mundial
Thiago Braz, que levou o ouro no salto com vara, não era uma das apostas do Brasil para ganhar a medalha dourada na Rio 2016 já que teria como rival o atual recordista mundial
Foto: Getty Images

O superintendente do COB, Marcus Vinicius Freire, enalteceu o número de finais alcançadas por atletas brasileiros e minimizou a exclusão do Brasil na lista dos dez melhores - ficou em 13. O plano do comitê era levar o País ao 'top ten' do quadro de medalhas. "Subimos de 36 (2012) para 71 finais. Além disso, tivemos 19 atletas que chegaram em quarto ou quinto lugar. Esses dados são fundamentais para mostrar que fomos muito bem sucedidos."

O crescimento de apenas 10% com relação à 2012, quando o Brasil obteve 17 medalhas, foi inexpressivo se comparado com o desempenho de alguns países que sediaram a olimpíada nos últimos anos. A Coreia do Sul, por exemplo,  saltou de 19 medalhas em 1984 para 33 nos Jogos de Seul, em 1988. Na sequência, a Espanha aumentou em mais de 400% o numero de pódios conquistados em Barcelona, em 1992. Foram somente quatro em 1988 e 22 em casa.

A Austrália também deu um pulo. Sede da olimpíada em 2000, o país tinha obtido 41 medalhas na edição anterior.  Em seu território, somou 58.

De acordo com Marcus Vinicius, outro fator de destaque foi o recorde de medalhas do País em modalidades diferentes: 12 ao todo. "Quênia ganhou 13 medalhas, todas no atletismo. Para ser uma potência, é preciso ter essa variedade, estar competitivo em diversos esportes", declarou.

Futuro

Os dirigentes do COB afirmaram que a fonte dos recursos para Tóquio 2020 não deve sofrer alterações. Mas não disseram se o volume investido no último ciclo olímpico, em torno de R$ 3 bilhões, seria reeditado, o que muito improvável. "Os planos e os apoios federais, como bolsa pódio,  bolsa olímpica e e plano medalha vão ser mantidos. Temos acordos com a grande maioria dos patrocinadores, que se comprometeram a continuar investindo", disse Marcus Vinicius.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade