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Olimpíada 2016

Equipe da Itália prefere Santos a Rio e planeja alternativa nos Jogos

25 jul 2016 - 17h42
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As críticas à Vila Olímpica, no Rio de Janeiro, não cessam. Nesta segunda-feira, o chefe da equipe de nadadores da Itália admitiu, em Santos, que as notícias que chegam da cidade sede dos Jogos não são animadoras e podem até mudar o planejamento dos atletas, que estão em período de aclimatação no litoral de São Paulo.

"Caso os problemas continuem, vamos ficar um ou dois dias a mais aqui em Santos. Do contrário, iremos para uma solução alternativa. Temos uma delegação numerosa, de quase 80 pessoas. Se não ficar pronto, vai ser difícil. A nossa programação inicial é ir (para o Rio) um grupo dia 2 e outro grupo dia 3", explicou Estefano Rubaudo, responsável por toda a logística dos latinos europeus no Brasil.

"Há dois anos recebemos informações sobre o zica, sobre a violência no Rio. Sabemos que aqui não é a Itália, nas, fiz toda a logística há seis meses e chegamos sem problema algum desde o aeroporto até aqui (Santos)", completou Rubaudo.

Ex-jogador de vôlei da Seleção Brasileira, Alcidio Mello, o Cidão, hoje secretário de Esportes de Santos, está acompanhando todas as delegações que estão hospedadas na principal cidade da Baixada Santista e não escondeu o desconforto com o que se passa na Cidade Maravilhosa, mesmo que os elogios ao trabalho dos santistas.

"Para a gente, como brasileiro, é muito ruim. A gente já esperava que estivesse tudo pronto. Como cidadão, a gente fica constrangido, com vergonha. Mostraram as imagens ontem, na televisão, com goteira, um monte de problemas", comentou Cidão, antes de revelar uma satisfação pessoal pelo reconhecimento dos atletas ao esforço feito pelos organizadores nesta fase de treinos às vésperas do início da competição.

"Conversando com o Estefano, representante da delegação da Itália, falei com ele: 'pô, e ai, como é que vocês vão fazer lá no Rio?'. E ele falou: 'olha, por mim, a gente transferia os Jogos Olímpicos para Santos, porque aqui eu tenho certeza que a gente ficaria bem melhor'. Então, a gente se engrandece com isso. Uma simples palavra em um bate papo informal, mas que deixa a gente muito feliz", contou o político, orgulhoso.

"Isso é fruto de um trabalho. Na Copa do Mundo, de 32 países, nós trouxemos dois para Santos. Pouquíssimas cidades conseguiram esse feito. E logo após a Copa começou o trabalho para os Jogos Olímpicos. Eu fui ao Rio de Janeiro umas três, quatro vezes, fui no encontro dos chefes das delegações de 204 países, se não me falha a memória. Conversei com um por um, conversei com o COI, com o COB, com algumas federações. E o trabalho foi recompensado. Estão ai com 12 países, 14 delegações, que ainda estão chegando na cidade", encerrou Cidão.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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