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Olimpíada 2016

E-mails complicam membro do COI em caso de cambismo

24 ago 2016 - 08h42
(atualizado em 25/8/2016 às 11h13)
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Após ser detido na última semana, Patrick Hickey deve ficar em situação ainda mais complicada. A polícia anunciou nesta terça-feira a apreensão de provas contra o presidente do Comitê Olímpico Irlandês (OCI), acusado de utilizar sua influência dentro do COI para lucrar com a venda ilegal de ingressos.

Após analisar alguns e-mails trocados entre Hickey e Marcus Evans, presidente da THG, empresa irlandesa que tinha parceira com o COI para a venda de ingressos até Londres 2012. Através do conteúdo das mensagens ficou ainda mais evidente o suposto envolvimento de ambos na prática de cambismo.

"A análise dos e-mails que o presidente do OCI, Patrick Hickey, estava em contato direto com Marcus Evans, o diretor da THG, para a venda de ingressos a preços muito superiores ao oficial. O OCI recomendava a THG para a venda de ingressos para o público irlandês. Salvo pelo fato de que a THG não foi homologada pelo comitê organizador. Então, uma empresa foi criada, a Pro 10", explicou o inspetor Ricardo Barbosa de Souza.

Ao contrário de Hickey, que está detido no presídio Bangu 10, Marcus Evans segue foragido, enquanto outros três membros da delegação irlandesa tiveram seus passaportes apreendidos. Dermot Henihan foi interrogado nesta terça-feira, enquanto Stephen Martin e Kevin Kilty, chefe da delegação irlandesa, deverão depor na quinta-feira.

A polícia acredita que a máfia de ingressos tenha arrecadado ao menos R$ 10 milhões. O real valor do montante de bilhetes que foram vendidos totaliza R$ 626 mil, porém o grupo chegava a revender as entradas por um preço 30 vezes mais caro em relação ao original.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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