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Olimpíada 2016

Putin critica uso de substâncias proibidas por americanos com aval da WADA

16 set 2016 - 13h29
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou nesta sexta-feira o consumo de substâncias proibidas com fins terapêuticos por atletas dos Estados Unidos, com autorização da Agência Mundial Antidoping (WADA), nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

"Atletas aparentemente sudáveis tomam legalmente remédios que são proibidos para outros e as pessoas com graves doenças e invalidez são excluídas dos Jogos Paralímpicos só por suspeitas de consumirem certas substâncias", disse Putin, segundo a imprensa local.

Putin ressaltou que a Rússia "não apoia o que foi feito pelos hackers, mas o que fizeram não pode deixar de despertar o interesse da comunidade internacional, principalmente da comunidade esportiva. Na opinião do líder, esses vazamentos "geram um grande número de perguntas".

A WADA é acusada pela Rússia de agir com dois pesos e duas medidas, já que deixou o país fora dos Jogos Olímpicos no atletismo e depois a toda a equipe paralímpica russa.

A agência confirmou nesta semana ter sido vítima de um ataque virtual feito por um grupo de hackers autodenominado Fancy Bear, identificado como um grupo de espionagem russo chamado Tsar Team (APT28).

Os hackers acessaram dados de diversos atletas, entre eles informações médicas confidenciais, como isenções por uso terapêutico de remédios no Rio 2016 autorizadas por federações internacionais e organizações nacionais antidoping.

O vazamento envolve várias campeãs olímpicas dos Estados Unidos, entre elas as irmãs tenistas Serena e Venus Williams e a ginasta Simone Biles, uma das grandes estrelas do megaevento, com quatro ouros, no consumo de substâncias de doping.

Biles, segundo o vazamento, deu positivo nos exames de doping que foram re alizados em agosto, mas não foi suspensa e acabou ganhando cinco medalhas.

Após ser divulgado que Biles está incluída no programa de Isenções de Uso Terapêutico (TUE) da WADA, a ginasta admitiu que desde menina sofre de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), que é tratado com remédios psicoestimulantes.

A Federação Internacional de Tênis confirmou que os documentos revelados pelos hackers são "autênticas isenções terapêuticas" que foram concedidas "como parte do programa antidoping do tênis e de acordo com os padrões internacionais da WADA".

O Kremlin negou nesta terça-feira qualquer envolvimento dos serviços de inteligência russos no ataque virtual. O vazamento coincidiu com os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, dos quais a Rússia foi suspensa por causa das acusações de doping de Estado apontadas pelo relatório McLaren encarregado pela WADA.

Qualquer atleta que precise tomar uma medicação proibida pelo Código Antidoping de forma contínua ou esporádica pode fazer isso sempre que obtiver uma Isenção de Uso Terapêutico.

EFE   
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