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Olimpíada 2016

Rio 2016 descarta homenagear vítimas de Hiroshima em cerimônia de abertura

6 jul 2016 - 07h31
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A organização dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 descartou incluir na cerimônia de abertura um minuto de silêncio para lembrar das vítimas do bombardeio atômico de Hiroshima, segundo revelou nesta quarta-feira o diretor criativo do evento, Fernando Meirelles, à emissora japonesa "NHK".

O cineasta brasileiro propôs integrar um ato de homenagem às vítimas do bombardeio no espetáculo inaugural dos Jogos Olímpicos que será realizada em 5 de agosto, um dia antes do aniversário de 71 anos do primeiro ataque nuclear da história, segundo relatou em entrevista ao citado meio estatal japonês.

No entanto, sua iniciativa foi descartada porque os organizadores consideraram que o minuto de silêncio poderia ser interpretado como uma crítica aos Estados Unidos, país que lançou a bomba atômica sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki ao término da Segunda Guerra Mundial.

"Queríamos lançar uma mensagem de paz dentro do espetáculo, uns 15 minutos após seu começo. O objetivo era convidar todo o mundo a compartilhar suas impressões sobre a pior tragédia da história da humanidade", explicou o diretor de filmes como "Cidade de Deus" e "O jardineiro fiel".

O comitê organizador argumentou que o minuto de silêncio poderia ser considerado uma mensagem política e afirmou que a Carta Olímpica se pronuncia claramente contra toda discriminação contra países ou indivíduos por motivos políticos, segundo a versão de Meirelles.

A bomba lançada por um avião americano sobre Hiroshima acabou de forma imediata com a vida de cerca de 80 mil pessoas, embora este número aumentaria no final de 1945, quando o balanço de mortos chegou a cerca de 140 mil, e nos anos posteriores as vítimas pela radiação foram muitas mais.

Após o ataque sobre Hiroshima, os EUA lançaram uma segunda bomba nuclear em 9 de agosto de 1945 sobre a cidade de Nagasaki, o que desembocou na capitulação do Japão seis dias depois e pôs fim à Segunda Guerra Mundial.

EFE   
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