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Olimpíada 2016

Scheidt se diz fora da Laser, mas não descarta participação em Tóquio 2020

16 ago 2016 - 16h47
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Após a vitória na regata da medalha e o quarto lugar geral na classe Laser nos Jogos do Rio de Janeiro, o bicampeão olímpico Robert Scheidt deixou aberta nesta terça-feira a possibilidade de participar de Tóquio 2020, mas em outra categoria.

"Acho que tem de esperar um pouco o tempo passar. Essa adrenalina da Olimpíada consome muito. Não pensei um segundo sequer sobre isso, sobre os próximos Jogos Olímpicos. Laser é difícil, vamos aguardar a nova geração, está na hora de aparecer alguém e tomar essa posição, continuar esse legado do laser no Brasil. Uma outra classe? Vamos ver, depende de uma série de fatores", disse Scheidt na zona mista na Marina da Glória.

Dono do ouro de Atlanta 1996 e Atenas 2004 e da prata em Sydney 2000, além de ter obtido uma prata e um bronze na classe star, o brasileiro foi o melhor do dia decisivo no Rio, mas ficou a quatro pontos do terceiro colocado da competição, o neozelandês Sam Meech.

"Laser não, Laser eu acho que encerro meu ciclo olímpico hoje. Foram muitos anos, acho que ninguém velejou mais de Laser neste mundo. Minha primeira Olimpíada foi há 20 anos. Muita gente duvidava que, com 43 anos, eu poderia ser competitivo, e mostrei nesta semana que era possível. Faltou pouco. Não fiquei devendo em nada fisicamente e tecnicamente aos três medalhistas, foi mais um pouco de inconsistência", acrescentou.

O bicampeão admitiu ter saído da última regata com "sensações diversas", já que a vitória não serviu para que ele se tornasse o primeiro atleta do país a subir ao pódio olímpico seis vezes.

"Foi um dia de sensações bem diversas. Começando pelo positivo, ganhar a medal race com este dia maravilhoso, com esta torcida, esta energia toda em minha última regata de Laser em Olimpíada, que foi esta, é algo muito especial", enalteceu.

"Por outro lado, não cheguei ao meu objetivo final, que era a medalha olímpica. Sabia que tinha uma chance, mas sabia que era pequena. Lutei com todas as armas para chegar nela, e quase deu, mas o neozelandês teve muito sangue frio para segurar a posição e terminou em quarto (no dia). Até pensei em frear meu barco para tentar criar alguma situação, alguma colisão, algum processo, mas sabia que se fizesse isso o francês me passaria", completou o brasileiro, que apontou o que considera ter sido seu principal problema na competição.

"Eles foram mais consistentes que eu. Não que tenha sido uma semana ruim, mas foi uma semana um pouco inconsistente da minha parte. Em três regatas, em 20º, 22º, causaram essa defasagem que fez diferença hoje na medal race e acabou custando o bronze", comentou.

EFE   
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