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Seleção Olímpica ignora atletas de outros esportes

23 jul 2016 - 13h26
(atualizado às 13h49)
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Jogadores da seleção demonstram desinteresse pelo que se passa em quadras, pistas, raias, tatames, etc
Jogadores da seleção demonstram desinteresse pelo que se passa em quadras, pistas, raias, tatames, etc
Foto: Assessoria CBF

O futebol do Brasil é um universo à parte na Olimpíada. Ao contrário dos atletas das mais diversas modalidades, que interagem uns com os outros antes e durante o período do megaevento, os jogadores da Seleção de Neymar e companhia demonstram desinteresse pelo que se passa em quadras, pistas, raias, tatames, etc. Mal sabem citar o nome de algum brasileiro com chances de conquistar uma medalha em agosto, no Rio.

Essa desconexão é histórica, pelo menos no caso do Brasil, e fica mais evidente com a ausência da turma do futebol no dia a dia da Vila Olímpica - isso poderia se justificar pela necessidade que tem de jogar em várias cidades. Em busca do ouro inédito, a Seleção vai estrear em Brasília e atuará ainda em Salvador na primeira fase.

Indagados sobre os candidatos, de outros esportes do País, a subir ao pódio na Olimpíada do Rio, três jogadores da Seleção de futebol, Rodrigo Dourado, Douglas Santos e Luan, não souberam apontar nenhum deles. Na verdade, os dois primeiros se desviaram nas respostas,  em entrevistas durante a semana em Teresópolis. Em vez de mencionar algum nome, destacaram o favoritismo do vôlei brasileiro.

Já Luan deu provas de que essa dissonância é clara. Disse que vai torcer muito por Mauro Vinicius da Silva, o Duda, que, para ele, poderia ganhar uma medalha no salto em distância, prova da qual é bicampeão mundial em pista coberta. Explicou que sua simpatia pelo saltador se dava por um motivo específico: os dois conviveram vários anos em São José do Rio Preto, em São Paulo.

Até aí, tudo bem. O problema é que Duda não vai disputar a Olimpíada - não obteve índice nos torneios classificatórios e nem sequer recebeu convite da Federação Internacional de Atletismo para competir. Ao ser informado sobre a gafe, Luan reagiu com espanto e disse que entraria em contato com Duda para saber o que houve.

Por essas e outras, e principalmente pela desproporção dos investimentos no esporte do Brasil, é que o futebol, masculino, não goza de muito prestígio no meio olímpico nacional. Sua presença nos Jogos é vista muitas vezes apenas como a possibilidade real de um acréscimo no número de medalhas conquistadas pelo País.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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