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Olimpíada 2016

Setor privado financia 57% dos Jogos de 2016, segundo Paes

22 mai 2015 - 11h50
(atualizado às 16h45)
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O setor privado financia 57% dos custos dos Jogos Olímpicos de 2016, destacou nesta sexta-feira o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, no fórum Efe Café da Manhã, sobre o alto custo do evento para os cofres públicos brasileiros. "Com exceção de Atlanta (1996), nos quais os Jogos Olímpicos foram custeados praticamente pela Coca-Cola, nenhuma outra cidade sede do evento contou com tanta contribuição do setor privado", afirmou.

Segundo o prefeito, os Jogos de Londres, em 2012, tiveram um custo maior, e quase 80% dele foi financiado com recursos públicos. Paes também destacou que nenhuma outra cidade olímpica destinou tanta parte do orçamento olímpico ao próprio legado, o que inclui obras de infraestrutura como uma nova linha de metrô, quatro sistemas de transporte com pistas exclusivas para ônibus e a revitalização do porto do Rio de Janeiro.

Segundo Paes, única Olimpíada com mais financiamento privado que o Rio 2016 foi a de Atlanta, em 1996
Segundo Paes, única Olimpíada com mais financiamento privado que o Rio 2016 foi a de Atlanta, em 1996
Foto: Antonio Lacerda / EFE

Na apresentação feita a cerca de cem convidados para o fórum organizado pela Agência Efe, entre políticos, empresários e jornalistas, Paes explicou que o custo dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro chegou a R$ 38,2 bilhões. "Desse valor, 57% será custeado por empresas privadas em forma de concessões, associações público-privadas ou projetos totalmente privados", ressaltou.

De acordo com Paes, o setor privado assumiu totalmente obras como a Vila Olímpica, o campo de golfe exigido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e toda a infraestrutura do Porto Maravilha, como é conhecido o projeto de revitalização da zona portuária.

O prefeito acrescentou que a maior parte dos recursos (R$ 24,6 bilhões) está destinado ao legado dos Jogos, o que se traduz em obras de infraestrutura como uma linha de metrô de 20 km, os sistemas de corredores exclusivos para ônibus e o saneamento da zona oeste da cidade. Do total de investimentos nestas infraestruturas, 43% foi assumido pelo setor privado, segundo as contas expostas pelo prefeito.

Paes ressaltou que os estádios e outras instalações esportivas necessárias para o evento exigiram um investimento de R$ 6,6 bilhões, 64% custeados por empresas privadas. Os R$ 7 bilhões restantes correspondem aos custos necessários para as competições esportivas, que são de responsabilidade do Comitê Organizador e que em sua totalidade serão financiados por recursos privados. Esses recursos são provenientes da venda de ingressos, direitos de televisão, publicidade e licenças.

Sobre o legado, Paes destacou que o Rio contará no próximo ano com 27 grandes projetos de infraestrutura, frente aos 17 que foram prometidos quando a prefeitura apresentou sua candidatura a sediar os Jogos Olímpicos.

EFE   
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