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Superação

Da superação à glória olímpica

O nome desse judoca é superação

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O Brasil conta hoje com dois milhões de praticantes de judô. A arte, desenvolvida no Japão pelo professor Jigoro Kano e criada para ser um projeto educacional, em 1882, funde o antigo ju-jutsu com técnicas suaves de arte corporal e uma concepção nobre: equilibrar físico, mente e espírito.

Caçula da família de três filhos, o medalhista de ouro Rogério Sampaio iniciou no Judô ainda criança, acompanhando seu irmão Ricardo. Adolescente, decidiu buscar o aperfeiçoamento e investir em treinamentos físicos e técnicos
Caçula da família de três filhos, o medalhista de ouro Rogério Sampaio iniciou no Judô ainda criança, acompanhando seu irmão Ricardo. Adolescente, decidiu buscar o aperfeiçoamento e investir em treinamentos físicos e técnicos
Foto: Facebook / Reprodução

Essa técnica de defesa pessoal, que ensina a lutar – e jamais brigar – conquistou rapidamente adeptos no Japão e em todo o mundo por seu âmbito competitivo e comportamental.

E embora seja amplamente difundida no Brasil, poucos – aliás, pouquíssimos – judocas tiveram a glória de receber uma medalha olímpica.

Esse número fica ainda mais reduzido, quando falamos da mais desejada de todas, a medalha de ouro.

O santista Rogério Sampaio, que completa 50 anos no ano que vem, é um desses privilegiados.

“Uma das coisas mais difíceis quando você é campeão olímpico, e que é uma batalha interior, é você conseguir manter a humildade. As coisas mudam a sua volta. Você não pode mudar”, disse o atleta ao site Rio 2016
“Uma das coisas mais difíceis quando você é campeão olímpico, e que é uma batalha interior, é você conseguir manter a humildade. As coisas mudam a sua volta. Você não pode mudar”, disse o atleta ao site Rio 2016
Foto: Facebook / Reprodução

Mas quem viu o campeão brilhar nos tatames de Barcelona, em 1992, não imagina que aqueles dias, embora especiais, eram apenas a coroação de uma trajetória iniciada muito antes, mais precisamente com apenas 4 anos de idade.

Caçula da família de três filhos, Rogério iniciou no Judô ainda criança, acompanhando seu irmão Ricardo. Adolescente, decidiu buscar o aperfeiçoamento e investir em treinamentos físicos e técnicos.

A história de Rogério Sampaio rumo à conquista virou até documentário: Ippon - A superação olímpica de Rogério Sampaio, dirigido por Carlos Vinicius Borges (Caví Borges) e Leonardo Mataruna
A história de Rogério Sampaio rumo à conquista virou até documentário: Ippon - A superação olímpica de Rogério Sampaio, dirigido por Carlos Vinicius Borges (Caví Borges) e Leonardo Mataruna
Foto: Facebook / Reprodução

“Essa vontade de se tornar atleta de alto nível, na verdade, veio pelo meu irmão. Ele era quatro anos mais velho e se destacava, já conquistava o Campeonato Paulista e estava entre os melhores do Brasil”, recordou Rogério, em entrevista ao site da Rio 2016, referindo-se a Ricardo, que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Seul 1988.

“Essa vontade de se tornar atleta de alto nível, na verdade, veio pelo meu irmão. Ele era quatro anos mais velho e se destacava, já conquistava o Campeonato Paulista e estava entre os melhores do Brasil”, recordou Rogério, em entrevista ao site da Rio 2016
“Essa vontade de se tornar atleta de alto nível, na verdade, veio pelo meu irmão. Ele era quatro anos mais velho e se destacava, já conquistava o Campeonato Paulista e estava entre os melhores do Brasil”, recordou Rogério, em entrevista ao site da Rio 2016
Foto: Facebook / Reprodução

Ricardo, porém, não viveria para ver a glória máxima de seu irmão. Em 1991, para baque geral da família, após uma crise de depressão, ele tirou a própria vida.

Superação e resultado

A perda do irmão, amigo e mentor impactou diretamente Rogério Sampaio. E, mais uma vez, usando o esporte como inspiração e força, se reergueu, apesar dos obstáculos.

Sagrou-se campeão em disputas no Brasil e exterior, até chegar ao inesquecível dia 1º de agosto de 1992.

“Uma das coisas mais difíceis quando você é campeão olímpico, e que é uma batalha interior, é você conseguir manter a humildade. As coisas mudam a sua volta. Você não pode mudar”
“Uma das coisas mais difíceis quando você é campeão olímpico, e que é uma batalha interior, é você conseguir manter a humildade. As coisas mudam a sua volta. Você não pode mudar”
Foto: Facebook / Reprodução

A Arena Palau Blaugrana, em Barcelona, era o palco. E o obstáculo era o húngaro Jozsef Csak.

Rogério Sampaio, até então desconhecido do grande público, inclusive dos brasileiros, venceu e escreveu seu nome na história do esporte.

Quem viu o campeão brilhar nos tatames de Barcelona, em 1992, não imagina que aqueles dias, embora especiais, eram apenas a coroação de uma trajetória iniciada muito antes, mais precisamente com apenas 4 anos de idade
Quem viu o campeão brilhar nos tatames de Barcelona, em 1992, não imagina que aqueles dias, embora especiais, eram apenas a coroação de uma trajetória iniciada muito antes, mais precisamente com apenas 4 anos de idade
Foto: Facebook / Reprodução

E não parou por aí. Ele também conquistou o prêmio da FIJ – Federação Internacional de Judô, como Melhor Judoca do Mundo.

A história de Rogério Sampaio rumo à conquista virou até documentário: Ippon - A superação olímpica de Rogério Sampaio, dirigido por Carlos Vinicius Borges (Caví Borges) e Leonardo Mataruna.

Com Aurélio Miguel e Carlos Honorato: a nata do judô olímpico brasileiro
Com Aurélio Miguel e Carlos Honorato: a nata do judô olímpico brasileiro
Foto: Facebook / Reprodução

“Uma das coisas mais difíceis quando você é campeão olímpico, e que é uma batalha interior, é você conseguir manter a humildade. As coisas mudam a sua volta. Você não pode mudar”, disse o atleta ao site Rio 2016.

Campeão dentro e fora dos tatames, o campeão deu forma a um sonho, em 1993, criando a Associação de Judô Rogério Sampaio, em Santos. E criou um sistema de ensino próprio, que combina ensinamentos de base com a formação complementar da escola e da família.

Fonte: Terra
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