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Acolhido por Neymar, 'mãe ativa' e sonhos: conheça nova aposta do Peixe

Agenciado pela família de Neymar, Arthur Gomes 'culpa' sua mãe pela relação com craque, aproveita primeiras chances no profissional do Santos e se diz motivado com Dorival Júnior

5 dez 2016 - 08h40
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Qualquer garoto que desponte nas categorias de base de um clube principalmente pela sua habilidade com a bola nos pés terá que conviver com as comparações com Neymar. Agora imagine se um desses garotos também surgir no Santos e ainda por cima tenha contato com o craque do Barça? Pois este é Arthur Gomes.

Arthur Gomes, atacante de 18 anos, tem dois jogos disputados pelo profissional do Santos (Foto: Ivan Storti)
Arthur Gomes, atacante de 18 anos, tem dois jogos disputados pelo profissional do Santos (Foto: Ivan Storti)
Foto: Lance!

Promovido à equipe principal do Peixe pelo técnico Dorival Júnior e com duas partidas disputadas pelo Brasileirão, o jovem de 18 anos tem a carreira agenciada pela NR Sports, empresa gerida pelo pai de Neymar. Mas muito provavelmente se não fosse sua mãe, Arthur poderia nem sequer estar no Santos atualmente.

- Joguei um futebol beneficente lá em Uberlândia e o Neymar estava. O pai do Neymar estava na arquibancada e minha mãe também, assistindo. Aí minha mãe, como ela é, conversou com ele. Ela disse que eu estava no Santos e explicou minha situação. Ele deixou meu telefone com ela. A gente estava passando por um período muito difícil aqui no Santos, morando em uma pousada com uma cama para quatro. Ela queria ir embora e eu pedia para não matar meu sonho. Ela então ligou e ele começou a cuidar da minha carreira - explica, em entrevista ao LANCE!.

Mas Nilda, mãe de Arthur, não foi responsável apenas pelo acerto com a empresa de Neymar, não. Até mesmo para o jovem (então com 12 anos) chegar à Vila, teve interferência. Foi ela quem ligou ao clube, sem revelar ser mãe de Arthur, dizendo ter um moleque bom de bola jogando descalço pelas ruas de Uberlândia. Dito e feito: aprovação com só um treino.

Anos se passaram, dificuldades foram superadas e comparações vieram. Além da persistência da mãe e da fé em seu potencial, Arthur também teve uma dose de sorte. Sorte por ter justamente Dorival Júnior, fã declarado das categorias de base, no momento em que estava pronto para subir e ser aproveitado no principal.

- Sempre falam que ele gosta da base. Isso me motivou bastante, me deixou tranquilo para mostrar o que eu sei. Procuro ser melhor hoje do que era ontem, dando meu melhor, e isso me motiva a cada dia por saber que eles gosta de meninos da base.

O destino forma mais um raio.

Arthur Gomes está no Santos desde a categoria sub-13 (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

Confira um bate-bola exclusivo com o atacante Arthur Gomes:

Como você chegou ao Santos?

Sou mineiro de Uberlândia e vim parar aqui por meio de um teste que minha mãe conseguiu para mim. No começo ela não falou que era minha mãe, falou que tinha um garoto muito bom que estava jogando na rua lá e falou que ela conhecia os pais dessa criança, que era eu. Aí acreditaram, era o Bebeto o supervisor do sub-13. Aí ela me trouxe, eu vim com 12 anos. Passei de primeira. Fiz o teste, aí no primeiro dia que passei ela falou para o Bebeto que era minha mãe. É uma história que é admirável, porque minha mãe é uma guerreira. Ela sempre levava para avaliação, sempre soube lidar com os clubes. Foi Deus mesmo na nossa vida que abençoou e fez dar tudo certo.

Antes de chegar ao Santos você passou por algum outro clube?

Eu tive uma passagem pelo São Paulo dos 10 aos 12 anos, mas como não podia alojar lá, era muito desgaste para minha mãe e para mim. Eu voltava para casa de dois em dois meses, eu chorava muito lá, com saudade dos amigos. Eles (São Paulo) reembolsavam passagem, mas a de ida a gente que pagava. Aqui eu já tive ajuda de custo desde o começo.

Como foi seu primeiro contato com o Dorival quando subiu?

No sub-17 tivemos um jogo e ele (Dorival) sempre ia assistir nossos jogos. Aí teve um jogo que joguei muito e o pessoal da base falou que o Dorival tinha gostado muito e queria me subir para treino. Mas foi no sub-20 que ele subiu mesmo, comecei a treinar. Encarava cada treino como se fosse um jogo, com caras que sempre sonhei jogar: Lucas Lima, Ricardo Oliveira, até Thiago Maia, com quem joguei na base. Encarava como jogo.

Como lida com a chance de disputar a Libertadores em 2017?

É um sonho, cara. Libertadores, Paulista, no Brasileiro mesmo já realizei esse sonho de entrar em campo, jogar. Espero jogar e ganhar.

As comparações com Neymar atrapalham de alguma forma?

As pessoas às vezes falam isso, mas tento deixar de lado e me preocupar só em jogar futebol. Porque se ficar pensando nisso, não joga. Tem que ser feliz. Entro em campo para me divertir.

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