Área do Canindé vai a leilão e é ofertada nos classificados

Mais uma notícia ruim para os torcedores da Portuguesa. Após o rebaixamento para a Série D do Brasileiro, a Lusa corre o risco de perder seu estádio. O jornal O Estado de S.Paulo divulgou neste domingo, em sua página de classificados, os detalhes sobre o leilão de parte da área onde está o Canindé.

O que motivou a situação foram as dívidas trabalhistas acumuladas pela Portuguesa ao longo dos anos. Apenas 45% do terreno pertence ao clube - parte que está penhorada por ações trabalhistas pela advogada Gislaine Nunes, que representa os ex-jogadores que processaram o clube.

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As partes chegaram a fazer um acordo, mas desde a entrada de Ilídio Lico na presidência, no início de 2014, o clube parou de pagar as parcelas da dívida. Desse modo, a área foi oferecida como garantia. A ação original, de 2002, é de autoria do ex-jogador Tiago de Moraes Barcellos.

Em entrevista recente ao LANCE!, Alexandre Barros, conselheiro da Lusa, afirmou que a gestão atual tenta acordo com a advogada dos atletas, enquanto busca investidores que aceitem comprar a área. No entanto, não há transparência da direção em relação ao conteúdo das propostas.

- Existem propostas de empresas multinacionais que estão caminhando para que haja uma parceria com a Portuguesa, ou seja, a modernização da área. Construção de arena, de shopping, de hotel, de torres e que diminua a área associativa do clube para que possa render e todas as dívidas serem pagas desta forma. Mas quais são as propostas? Quais são as empresas? Eu, como conselheiro, não tenho esse conhecimento. O COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) também não, muito menos o torcedor - disse Barros.

Enquanto não chega a um acordo, a Portuguesa corre o risco de perder sua casa. O leilão será realizado no dia 18 de novembro, às 14h, através da empresa Fidalgo Leilões. O valor inicial é de R$ 74 milhões, sendo 30% no ato da compra e o restante em até 30 parcelas. Por ora, não há lances registrados.