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Avião que levava equipe da Chape é visto como um dos mais seguros do mundo

Tragédia no voo da Chapecoense é só o quarto registro de acidente envolvendo um avião Avro RJ85 da companhia Lamia. River Plate e seleção argentina já fizeram voos

29 nov 2016 - 11h11
(atualizado às 11h11)
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Não era a primeira vez que a Chapecoense optava por um avião Avro RJ85, da companhia Lamia, para a delegação viajar. O aparelho, cuja queda causou a morte de 76 pessoas na viagem rumo a Medellin, para a final da Copa Sul-Americana, é considerado um dos mais seguros, apesar de estar com 17 anos de uso.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Foto: Lance!

Com quatro motores e quatro geradores de energia é um modelo adequado a voos de curta distância, em pistas curtas e altitudes elevadas. Por essas condições, foi escolhido pela agência britânica de aviação para operar no London City Airport, considerado de grande dificuldade.

Ao todo, 608 unidades foram produzidas pela inglesa British Aerospace, em suas duas versões, a BAE-146, mais antiga, e a Avro RJ85. A tragédia de Medellin é apenas o quarto acidente registrado ao longo da sua operação. Assim mesmo, em um deles, nos EUA, o avião foi derrubado num atentado, onde o piloto foi morto em pleno voo. O aparelho chegou a ser utilizado no Brasil pela companhia regional TABA que opera linhas nos estados da Amazônia.

O modelo da Lamia, que já serviu à Chapecoense em outros voos (estava decorado com o escudo do time), também era constantemente usado pelo Atlético Nacional de Medellin e pela seleção boliviana em deslocamentos na Colômbia e na América Latina. Levou também o River Plate e transportou a seleção argentina de Belo Horizonte para Buenos Aires em 11 de novembro, após a derrota para o Brasil pelas eliminatórias.

A Lamia é uma empresa fundada na Venezuela mas que, em 2009, transferiu suas operações para a Bolívia por conta da crise econômica do governo de Nicolás Maduro. O Avro RJ85, prefixo CP-2933 era o único aparelho da companhia. Antes de chegar à empresa, o aparelho integrou a frota de companhias dos Estados Unidos e da Irlanda. De acordo com o coronel Douglas Machado, especialista em aviação, ouvido pela Globo News, a tripulação da empresa era qualificada para voos em altitudes elevadas e condições meteorológicas difíceis, típicas da região Andina.

De acordo com a Anac, a Chapecoense pediu autorização para que o voo fretado para Medellin saísse do Brasil, o que não foi autorizado, obrigando o time a seguir até Santa Cruz de la Sierra em voo regular. Chegou-se a falar que a recusa tinha razões de segurança, mas a agência explicou que a questão foi meramente burocrática: um acordo internacional de aviação impede que uma aeronave de um terceiro pais (no caso a Bolívia) que não o de destino (Brasil) ou de chegada (Colômbia)) faça voos desse tipo.

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