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LANCE!

Campeão da Série B em 2016, zagueiro da Ponte Preta confia em vaga nas quartas: 'Vamos classificar'

Em entrevista ao LANCE!, beque ex-Flamengo e Atlético-GO, diz que duelo contra o São Bento é o 'jogo da vida', por conta das pretensões da Macaca no Campeonato Paulista

26 mar 2017 - 08h38
(atualizado às 10h47)
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Na 2ª Rodada do Paulistão, a Ponte Preta foi derrotada por 5 a 2 pelo São Paulo. A goleada fez com que mudanças drásticas ocorressem na formação da equipe. Para o jogo seguinte, Kadu e Fábio Ferreira foram sacados da zaga e uma nova dupla foi escalada, com Yago, emprestado pelo Corinthians e Marllon, recém-contratado após passagem vitoriosa pelo Atlético-GO, que falou ao LANCE! sobre o seu momento em Campinas, suas pretensões e sua carreira.

Neste domingo, a Ponte Preta vai até Sorocaba para enfrentar o São Bento, às 18h30, em partida decisiva para as ambições da equipe dentro da competição.

- A gente vem de uma semana muito intensa, muito desgaste, mas é concentração total, vale classificação para a gente, sabe que vai ser um jogo difícil, pelo campeonato que é, na casa deles, mas vamos buscar a vitória, que é o mais importante. É o jogo da nossa vida - disse Marllon ao LANCE!

Apesar de ver complicar a situação de seu time no Grupo D do Paulista após deixar escapar vitória contra o Santo André, aos 45 minutos do segundo tempo, o beque confia plenamente na classificação à próxima fase do torneio.

- Nós vamos classificar, pode anotar que nós vamos classificar, vamos buscar essa classificação. Só depende da gente ganhar esses dois jogos - prometeu.

Desde que foi promovido à titularidade, são oito jogos seguidos de Marllon com a Macaca no estadual, todos eles com seu companheiro de defesa Yago. Ainda que alguns ajustes sejam necessários, a parceria já é exaltada.

- Na minha autocrítica, minha passagem tem sido boa, não tive falhas individuais, nem meu parceiro Yago, a gente está tendo falha mais no conjunto, mas eu estou vendo como um lado positivo, estamos cada dia mais firmes, mais tranquilos, acho que a gente tem muito a melhorar, mas aos poucos nós vamos nos adequando - comentou Marllon.

No meio do caminho, porém, uma eliminação traumática na Copa do Brasil, em casa, para o Cuiabá, custou o cargo de treinador para Felipe Moreira. A desclassificação abalou também o grupo, mas não a titularidade de Marllon.

- A gente ficou triste, não esperava que fosse tão rápido, trabalhou para passar de fase, para alcançar objetivos maiores na competição, mas infelizmente a gente caiu, futebol é assim mesmo, não existe mais time bobo, nós todos sentimos, é lógico que teve uma pressão da torcida, ficaram chateados, cobraram o antigo treinador, mas a gente virou a página - afirmou.

Para o lugar de Moreira, a direção da Ponte Preta colocou o técnico Brigatti como interino. A indefinição quanto ao novo treinador, no entanto, acabou por adiar a evolução da equipe, algo que parece perto de ser sanado com a chegada de Gilson Kleina.

- A gente estava há alguns jogos com treinador interino, agora com o Gilson Kleina assumindo, acho que vai dar uma acertada no time. Isso é essencial. Dá até para trabalhar igual, mas com um treinador definido é melhor para a gente, porque ajeita o time, impõe o seu trabalho, coloca do jeito que ele quer, do jeito que ele gosta de jogar, e isso vai nos ajudando - declarou.

Em 2016 Marllon foi campeão brasileiro da Série B com o Atlético-GO, onde era titular absoluto de um time sem grandes nomes, mas que vinha de uma base formada no ano anterior e que acabou brilhando na hora certa, sem os holofotes e com muito trabalho, compensado com a taça levantada ao final do campeonato.

- Pelo time que nós tínhamos, não tão conhecido assim, pela falta de confiança na gente, entre outras coisas, como folha salarial baixa, além de adversários como Bahia e Vasco, era muito difícil ser campeão. Entramos no campeonato quietinhos, com humildade, fomos comendo pelas beiradas e aos pouquinhos chegamos ao nosso objetivo. Foi muito importante para a gente não estar entre os favoritos, porque não teve pressão de nenhum lado, todo mundo unido, nossa humildade prevaleceu para que a gente pudesse buscar o título - comemorou.

A história de Marllon como profissional começou no Flamengo, onde teve sequência com Vanderlei Luxemburgo e depois, principalmente, com Joel Santana. Muito jovem, porém, teve queda de rendimento, e consequentemente perdeu espaço com outra troca de treinador. Em 2013 ficou afastado do grupo e no ano seguinte começou a ser emprestado.

- Eu poderia ter sido um pouco mais preservado, um pouco melhor preparado, mas eu não coloco culpa no clube, acho que foi mais pelo meu lado, por ter deixado cair o rendimento, o foco saiu, acho que até pela idade isso me prejudicou, mas eu poderia ter sido um pouco melhor preparado, mas também o ano do elenco não estava muito bom, então acabou sobrando para o mais fraco, digamos assim, mas é página virada, fui feliz ali no Flamengo, não tenho do que reclamar, bola para frente.

Depois de afastado no Fla, passou pelo Rio Claro, pelo Santa Cruz, pelo Capivariano e aí sim, após um bom Campeonato Paulista, chegou o Atlético-GO, onde chamou a atenção da Ponte Preta.

- Degrau por degrau, sem querer antecipar as coisas, assim as coisas estão fluindo e eu estou evoluindo. Quero fazer um grande ano, para se for o caso renovar e continuar aqui. A visibilidade é muito grande, muito bom para a gente. O Brasileiro é a competição mais importante para a gente neste ano, objetivo é se manter na elite e buscar voos mais altos. Então a gente quer se acertar até lá para fazer um bom campeonato - finalizou.

BATE-BOLA - MARLLON, ZAGUEIRO DA PONTE PRETA

Como você chegou até a Ponte?

Desde o meio do ano passado a Ponte vinha me monitorando, comunicou o interesse, mas eu deixei para optar no final da temporada, lógico que eu tinha interesse em vir pra cá desde o início. Eu escolhi a Ponte pelo clube que é, pela história que tem de revelar zagueiros, de revelar jogadores, pela estrutura, e por disputar o Campeonato Paulista, a elite do Brasil, tem a Sul-Americana, depois o Campeonato Brasileiro. Então eu escolhi por essa grandeza do clube.

Em 2015, pelo Capivariano, você jogou o Paulistão e teve certo destaque...

Pois é, às vezes pelo time você acaba não se destacando muito, mas para mim foi muito bom, porque logo em seguida eu fui para o Atlético-GO, fiquei lá em 2015 e 2016 e agora retornei para São Paulo para ser feliz novamente.

Sua passagem pelo Atlético-GO foi muito feliz também...

Muitíssimo feliz, não tenho nem do que reclamar, fui feliz até demais.

O que você sente de diferença da Série A para a Série B?

Na Série A é um jogo mais gostoso de se jogar, o clima, a atmosfera, é tudo diferente, mas se você der uma brecha, o adversário marca, na B a qualidade é um pouco menor, na A uma oportunidade é gol, é derrota, precisa ser mais eficiente, mais concentrado.

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