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Cicinho planeja atuar no futebol brasileiro no ano que vem

Lateral, que está em fase final de recuperação de cirurgia no ligamento do joelho esquerdo, revela que já recebeu sondagem de quatro clubes

20 out 2016 - 08h43
(atualizado às 10h55)
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Cicinho no futebol brasileiro em 2017. Se depender da vontade do lateral-direito esse é seu desejo para a próxima temporada. O jogador, de 36 anos, terá seu contrato com o Sivasspor (TUR), clube que defende desde 2013, encerrado.

O lateral-direito está no Brasil desde o meio do ano, se recuperando de uma cirurgia no joelho esquerdo. Em entrevista ao LANCE!, o jogador fez um balanço do período no futebol turco e revelou que já recebeu sondagens para atuar no Brasil esse ano, mas que optou em fazer um retorno seguro.

1 - Como está a recuperação no joelho?

Minha recuperação vem sendo perfeita e dentro de mais uns 20 dias eu estarei apto a jogar futebol. Optamos em fazer algo mais devagar, já que tenho contrato até dezembro com o Sivasspor. Não queria voltar mais para a Turquia, a ideia era ficar no Brasil, então, conversando com meu fisioterapeuta, decidimos fazer uma recuperação cautelosa. A temporada aqui já está caminhando para o fim e, em dezembro ou janeiro, já estarei pronto para assinar com algum clube.

2- Qual o balanço que você faz dos três anos atuando no futebol turco?

No futebol turco eu fui muito feliz e pude jogar três anos sendo eleito o melhor lateral-direito do campeonato. Foi um balanço muito bom, com apenas essa baixa na última temporada. Fiz mais de 100 jogos, joguei sempre e sem lesão. Só não joguei no fim da última temporada pela lesão. Fui líder de assistências sempre, em um campeonato competitivo, e que foi algo muito positivo para mim. Joguei em alto nível, com prêmios individuais e também boas campanhas coletivas.

3- Seu objetivo em 2017 é voltar a jogar no Brasil?

Sim. Tenho esse desejo e estou buscando em Deus a tranquilidade para escolher a melhor opção. Tem aparecido algumas coisas, mas, por questão da lesão, ainda tenho contrato com o Sivasspor até o fim do ano. Por isso optei em fazer um tratamento mais tranquilo e no fim do ano vamos ver o que vai acontecer.

4- Você já recebeu propostas ou sondagens de clubes do futebol brasileiro?

Recebi algumas sondagens aqui do Brasil. Botafogo, Vila Nova, Chapecoense e Atlético-GO foram alguns dos clubes que me procuraram. Por meio de empresários, chegaram até a mim, para saber da minha situação. Mas como ainda tenho contrato com o Sivasspor até o fim do ano e ainda preciso de alguns dias para me recuperar, optamos em terminar o tratamento, melhorar o condicionamento e fazer uma boa pré-temporada. Teria que chegar agora para jogar, mas ainda não estou em condições ideais. Por isso e por ter contrato com o Sivasspor, definimos que seria melhor esperar e em breve já teremos alguma definição.

5- Você está com 36 anos. Acredita que joga em alto nível por mais quanto tempo?

Creio que tenho mais uns dois anos para jogar em alto nível. A gente vê o Zé Roberto e o Ricardo Oliveira jogando direto e são atletas com estilo de vida parecido com o meu. Tive esse problema no joelho, mas foi uma fatalidade. Eu me cuido muito bem, na lateral é uma posição que ajuda, estou mais experiente e consigo me posicionar e dosar melhor dentro de campo.

6- Como vê a safra de laterais direitos? Quem acredita que pode tomar conta da posição na Seleção quando o ciclo de Daniel Alves chegar ao fim?

A safra é muito boa. O único problema nosso, falando como torcedor, é ficar comparando com Cafu, Jorginho, Belletti... Isso é complicado, pois faz com que a gente pense que tem uma carência. O Daniel vem muito bem, mas infelizmente os títulos não tem acontecido e gera cobrança. Creio que com o Tite as coisas vão melhorar muito, já temos visto uma evolução, e creio que hoje o Fagner é este jogador que pode substituir depois o Daniel Alves a altura.

7- Acredita que atualmente o torcedor e a própria imprensa já enxerga jogadores com idade um pouco acima dos 30 anos de outra maneira?

Com certeza. O futebol brasileiro hoje tem melhores condições de estádios, viagens, o calendário melhorou - apesar de ainda ter problemas - e isso ajuda os jogadores. Tem o Zé Roberto, Renato, Ricardo Oliveira, por exemplo, que já passaram dos 30 e estão desempenhando um bom papel. Tem o Diego também em alto nível no Flamengo e isso ajuda. A imprensa e os torcedores têm visto isso, que não só os mais jovens, mas também os experientes, também têm ido bem. Os jovens muitas vezes saem cedo, depois optam em voltar, mas os clubes que contratam jogadores mais experientes eu tenho visto que estão se dando bem.

Lance!
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