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Clássico dos Milhões rende muita história e provocações

Entre jogos memoráveis, troca de farpas e até vira-casacas históricos, LANCE! recorda alguns momentos curiosos de Flamengo x Vasco às vésperas da Taça Guanabara

21 fev 2017 - 07h50
(atualizado às 07h50)
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O Campeonato Carioca de 2017 apresentará no próximo domingo mais uma página da histórica rivalidade entre Flamengo e Vasco. Visto como "campeonato à parte", o confronto é movidos por jogos curiosos, declarações polêmicas e até por jogadores que ousaram atravessar a fronteira entre rivais.

UM CERTO LADRILHEIRO

Vindo de duas vitórias seguidas na final, o Vasco forçou a ida da decisão do Carioca-81 para um terceiro jogo. O Fla fez 2 a 0 com Adílio e Nunes, mas o Cruz-Maltino diminuiu com Ticão e esboçava reação na busca pelo título. Até que o ladrilheiro Roberto Passos Pereira invadiu o campo e desfilou no gramado do Maracanã, gerando confusão que paralisou por cinco minutos o jogo. Até hoje o Vasco diz que isso esfriou o time; Fla campeão.

COM SABOR DE COCADA

A final do Carioca de 1988 proporcionou a ascensão de um herói meteórico. Cocada garantiu o título do Vasco. Após marcar o gol, ele foi provocar o técnico Carlinhos, que o havia dispensado do Flamengo. O episódio gerou confusão que culminou nas expulsões de diversos jogadores, inclusive de Cocada, que falou: 'Vou ficar na história como o Cocada, cara que entrou aos 43, fez o gol aos 44 e foi expulso aos 45.

ROMÁRIO E OS LENÇOS

Repatriado no ano seguinte a levar a Seleção ao tetra, Romário logo chegou ao Flamengo polemizando. Ao falar sobre seu ex-clube, o Baixinho garantiu: "A torcida do Vasco terá de ir ao Maracanã levando lenços brancos". Em seu primeiro Clássico dos Milhões pelo Rubro-Negro, o camisa 11 ainda fez mais: ao marcar o gol da vitória por 1 a 0, foi em direção à arquibancada onde estava a torcida do Vasco e fez um gesto pedindo silêncio.

AH, É EDMUNDO

Vasco e Flamengo jogavam para ir à final do Brasileirão vindo de um jogo no qual Paulo Autuori teria dado um "nó tático" em Antônio Lopes. No entanto, Edmundo resolveu as interrogações. Foram dois gols no primeiro tempo. O Rubro-Negro chegou a diminuir, mas, após cruzamento, Edmundo tirou dois rubro-negros para dançar e estufou a rede adversária, em um golaço. Maricá completou: 4 a 1.

É CHOCOLATE...

O Vasco aplicava um 5 a 1 no Flamengo em jogo válido pela Taça Guanabara de 2000, quando Pedrinho dominou a bola e fez embaixadinhas. O lance irritou a torcida adversária e Beto e Juan, gerando confusão no Maracanã, na partida disputada em um Domingo de Páscoa que Eurico Miranda distribuiu 30 mil ovos de chocolate. Devido à goleada, torcedores gritaram: "Uh, é chocolate!". Mas o Flamengo saboreou o título no fim: vitórias por 3 a 0 e 2 a 1 na final, com direito a "revide" de embaixadinhas feito por Beto.

COM SABOR DE CHOPE

Mesmo com a derrota por 2 a 1 no jogo de ida da final do Carioca de 2004, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, garantiu que havia comprado o chope para comemorar o título. O Cruz-Maltino abriu o placar, mas Jean marcou três vezes, decretou o 3 a 1 do Rubro-Negro, que soltou a voz com: "Arerê, o chope do Eurico eu vou beber".

SEM DESCULPA

Questionado sobre o efeito suspensivo que o Vasco obteve para atletas na semifinal da Taça Rio, o rubro-negro Vagner Love soltou: "Melhor assim, se perderem, não tem desculpa nenhuma". Com a vitória por 3 a 2 do Cruz-Maltino, o meia Felipe disse: "Tem 28 dias para descansar e treinar para o Brasileiro. Quem ganha a vida com boca é cantor".

DA GÁVEA PARA A COLINA

Há muita histórias de jogadores que defendiam Flamengo ou Vasco e, de uma hora para outra, foram defender o arquirrival. Nos anos 40, Jair Rosa Pinto, um dos ídolos do Expresso da Vitória do Vasco, trocou a Colina pelo Mengo. Foi um escândalo. Chico, outro do Expresso que foi para o Flamengo nos anos 50. No início dos anos 2000, Juninho Paulista, ídolo do Vasco, trocou de lado. No ano passado, foi a vez do zagueiro Rafael Vaz.

Mas o Vasco também já zoou muito os Rubro-Negros. No início dos anos 70, Zanata era um dos alicerces do Flamengo. Mas os dirigentes do Vasco o levaram para o Colina, onde fez história.

Em 1989, Eurico Miranda deitou e rolou. Primeiro foi com Bebeto. O então titular da Seleção Brasileira vivia a melhor fase da carreira e, depois de muita novela e dissimulação, o atacante deixou o Flamengo e foi para o Vasco, gerando comoção entre os Rubro-Negros, que o tinham como o sucessor de Zico, que estava se aposentando. Em 1999, Romário, prata da casa do Vasco e que era o ídolo maior do Flamengo, se desentendeu com a diretora do Rubro-Negro, arrumou as malas e foi para o Vasco.

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