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Controverso, Rodriguinho chega a 100 jogos pelo Corinthians em semi

Idolatrado por muitos, questionado por tantos outros, meia é destaque do Corinthians no ano e completa marca neste domingo, quando Timão encara o São Paulo por vaga na final

23 abr 2017 - 07h03
(atualizado às 07h03)
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É difícil encontrar um corintiano que seja indiferente a Rodriguinho. Alguns vão elencar gols e assistências, lembrar atuações decisivas e recorrer a estatísticas do meia para defendê-lo. Outros recordarão partidas sonolentas e apontarão limitações para critica-lo. Há também os que semanalmente viram a casaca e a cada lampejo do camisa 26 vibram com a eufórica e irônica frase: "Eu nunca o critiquei". A relação de amor e ódio fica mais clara no momento em que o nome dele é anunciado pelo telão da Arena antes dos jogos, quando ouve-se um som diferente, como se aplausos se misturassem com cornetadas ditas ao torcedor que está ao lado na arquibancada.

De mito a preguiçoso, de "Deusdriguinho" a "Rodrisono". Ele é isso: a figura mais controversa do Timão no momento.

Tem dúvidas? Se atente ao que aconteceu nos últimos dias. O meia começou a semana decidindo o clássico contra o São Paulo e terminou se defendendo das acusações de ter pipocado na eliminação da Copa do Brasil para o Internacional, quando não quis cobrar pênalti.

Seja lá como for a atuação de Rodriguinho neste domingo, quando o Corinthians decide vaga na final do Paulistão contra o São Paulo, o meia será protagonista novamente. Às 16h, em Itaquera, ele completará 100 jogos pelo clube.

Para atingir a marca, o jogador teve de esperar. Contratado em 2013, ele parecia seguir o caminho de outros reforços do clube que fracassaram. Contudo, surpreendendo a muitos, voltou ao Parque São Jorge em 2015 depois de empréstimos a Grêmio e Al-Sharjah, dos Emirados Árabes. Foi Tite quem pediu a contração de Rodriguinho e também o seu retorno.

No futuro, quando lembrarmos do Timão hexacampeão brasileiro em 2015, o meia não estará na escalação ideal. Mas não mencionar a importância dele na conquista será um erro histórico. Você talvez tenha se esquecido, mas o potiguar foi titular na "final" vencida por 3 a 0 sobre o Atlético-MG, no Horto, fez gol importante nos minutos finais contra a Ponte Preta, e carregou piano em alguns outros jogos daquela campanha.

- Foi um título super importante na minha carreira, ainda mais pelo Corinthians, clube que tenho maior prazer e honra de vestir essa camisa. O 6 a 1 contra o São Paulo, no dia em que estávamos comemorando o título com a nossa torcida, também foi marcante para mim - afirma.

Depois, de 12º jogador, Rodriguinho foi alçado à condição de titular absoluto por conta do desmanche no Timão provocado pelo futebol chinês. Mudou de status e de postura. A braçadeira de capitão passou a ser mais frequente em seu braço e as entrevistas do jogador ficaram mais contundentes - até admitir que já treinou de ressaca ele fez.

Na atual temporada, o atleta vive um de seus momentos de maior protagonismo. E queima a língua de quem ousa discordar. Rodriguinho fazia partida horrível contra o Botafogo-SP. E foi dele o gol da vitória por 1 a 0. Também estava apagado diante da Universidad de Chile. Quando acordou, pôs uma bola na rede e outra no pé de Jadson, que garantiu o 2 a 0.

Por tudo isso é fácil prever que o camisa 26 será um dos destaques do Majestoso deste domingo. Resta saber quem ganhará mais argumentos para os debates futebolísticos dos próximos dias: o corintiano que ama odiar Rodriguinho ou aquele que odeia amá-lo.

- Confira abaixo bate-bola com Rodriguinho:

O Fabio Carille sempre fala da sua espera para se firmar aqui. Como foi chegar em 2013 e se destacar apenas a partir de 2015?

Não é fácil, a gente tem que trabalhar bastante, ter paciência muitas vezes. Aqui no Corinthians é difícil chegar a já conseguir jogar e ser reconhecido logo de cara. Tive paciência, persistência e muita vontade. Graças a Deus hoje estou sendo reconhecido pelo meu trabalho. Espero fazer ainda mais com essa camisa, para que as coisas fiquem ainda melhores.

Em quem se espelhou no clube?

Já me espelhei em jogadores que ainda estão aqui e fizeram história no clube, como Cássio e Danilo, que têm marcas importantes e títulos pelo clube.

Você está com 29 anos, é um dos líderes do elenco. Costuma orientar os mais jovens?

Tento aconselhar, sei que é difícil, não é todo mundo que gosta de ouvir, mas se o companheiro te dá abertura você consegue passar um pouco da sua experiência. A pressão aqui é complicada, mas ao mesmo tempo a gente tenta mostrar que quando você consegue uma glória para essa torcida, é super importante para a sua carreira, fica marcado de uma forma muito intensa. A gente tenta passar para cada um fazer seu trabalho para que isso possa acontecer um dia.

O que ainda quer ganhar no Timão?

Ainda falta conquistar muita coisa, a começar pelo Campeonato Paulista. Se Deus quiser vamos chegar na final e buscar o título. Todos os campeonatos que disputarmos esse ano teremos como meta o título.

Prefere fazer gol ou dar passe?

O gol! Assistência é legal, fico muito feliz, quem é meia gosta, mas o gol é uma emoção incrível.

O que a torcida pode esperar para o clássico contra o São Paulo?

Muita garra, vontade e sempre estar lutando em campo, representando essa camisa com o máximo de orgulho possível.

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