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Diego Maradona: corintiano e reforço do Corinthian-Casuals

15 jul 2015 - 07h14
(atualizado às 15h08)
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Bola lançada na área do Met Police, ataque do Corinthian-Casuals leva a melhor e Diego Maradona, livre de marcação, faz o gol da vitória por 1 a 0, em amistoso preparatório para o início da oitava divisão do campeonato inglês. O King George's Field, em Tolworth, sudoeste de Londres, viveu uma manhã curiosa no último domingo.

Diego Maradona - Casuals
Diego Maradona - Casuals
Foto: Divulgação

Mas o Maradona em questão não é o ídolo argentino Diego Armando Maradona. Trata-se do brasileiro Diego Maradona Petriaggi, natural de Itaporanga, interior de São Paulo. Irmão dos “famosos” Roberto Rivelino e Michel Platini, também em homenagem aos craques da história do futebol mundial, o atacante é a nova grande aposta do time que deu origem ao Corinthians.

Aos 27 anos, Diego Maradona é vendedor de uma loja de roupas em Oxford. Uma profissão que só surgiu depois de ele tentar a sorte como atleta profissional. Dos 12 aos 18 anos, jogou na base do Brescia, da Itália. Com 19 anos, retornou para o Brasil para defender o time sub-20 do São Caetano, o Ceilândia- DF e o Valeriodoce-MG. De volta à Itália, rodou por equipes amadoras até ter chance no Mosta FC, da primeira divisão de Malta. Jogou uma temporada, mas logo se viu novamente sem espaço.

Desempregado, Diego resolveu estudar inglês na Inglaterra. Ao chegar no país, enviou vídeos para vários clubes. Após meses sem respostas, recebeu em maio o convite para fazer um teste no Casuals.

– O técnico (James Bracken) me ligou no dia do meu casamento. Foi um presente. Como estou de férias, consegui estrear no domingo. Eles gostaram de mim e assinamos contrato de uma temporada – contou Maradona, em entrevista ao LANCE!.

Maradona, assim como o restante do elenco, jogará de graça. Situação que mudará a rotina do jogador, que é torcedor do Corinthians e quarto brasileiro a atuar pelo time inglês.

– Tenho dificuldade para obter folga no trabalho. Sábado e domingo, dias de jogos, é raro ter folga. Gasto tudo do meu bolso. Só aceitei o convite porque é o Casuals, conheço a história. Mas vou procurar um trabalho de segunda a sexta em Londres. Quero me dedicar ao time, mas também preciso trabalhar, acabei de casar – explicou.

Motivado pela satisfação de defender o Corinthian-Casuals, que esteve no Brasil em janeiro deste ano e fez um amistoso contra o Corinthians (perdeu por 3 a 0), ele promete dez assistências e dez gols.

– Não sou goleador, sempre fui mais de dar assistências. Gosto de jogar mais pelas pontas. Vou comemorar os gols com a camisa ou a bandeira do Timão – avisou.

Diego Maradona brilhou na vitória do Corinthian-Casuals em cima do Met Police (Foto: Divulgação)

BRASILEIROS NO CORINTHIAN-CASUALS

1988 - Sócrates

Ídolo alvinegro, Sócrates foi o grande nome do amistoso entre Corinthians e Corinthian-Casuals, em 1988, no Pacaembu. Com gol do Doutor, o Timão venceu o duelo por 1 a 0. Faltando 15 minutos para o fim da partida, ele vestiu a camisa da equipe inglesa.

2001 - João Marcus

Em nova excursão ao Brasil, em 2001, o Corinthian-Casuals convidou o desconhecido goleiro João Marcus para jogar os amistosos contra Spac, Paulistano e Timão Sub-20.

2015 - Danilo

Assim como Sócrates, Danilo foi o destaque do encontro entre Corinthians e Corinthian-Casuals, em janeiro, na Arena. O meia fez o primeiro gol da vitória alvinegra por 3 a 0. No fim do jogo, ele defendeu o time inglês.

BATE-BOLA - DIEGO MARADONA

Carregar o nome Diego Maradona atrapalha ou ajuda?

Meu nome sempre chamou atenção, muitos acham legal, alguns não acreditam. Na verdade, muitos acham que é apelido. Toda hora eu preciso mostrar o documento para provar que me chamo Diego Maradona, principalmente nos aeroportos. O nome foi escolhido pelo meu pai, que é apaixonado por futebol. Gosto do nome, acho legal. Mas o fato de ser Maradona nunca me atrapalhou. Levo na brincadeira as comparações com o Maradona. Sou canhoto também, sou um jogador baixinho, jogo na frente...

Você crê que ainda tem chance de jogar profissionalmente?

Coloco o meu futuro nas mãos de Deus. Sempre dou o meu melhor. Agora começo uma trajetória no Corinthian-Casuals, vou dar o meu máximo também. Mas não me iludo com nada. Espero muito que dê certo, ainda sonho jogar profissional. Mas sei da minha realidade, já tenho 27 anos, é difícil, mas nada é impossível.

Você tem dois irmãos que também têm nome de jogadores famosos. Roberto Rivelino e Michel Platini. Ambos tentaram a sorte no futebol também?

O Roberto Rivelino, de 31 anos, e Michel Platini, de 25, também jogaram futebol. O Rivelino foi o primeiro a ter sucesso, foi chamado para jogar na base da Udinese, da Itália. Depois, eu e o Platini fizemos um teste para o Brescia, também da Itália. Nós dois fomos aprovados. Minha família queria deixar os três irmãos juntos na Itália. Nisso, o Rivelino deixou a Udinese e foi para o Brescia também. Meus pais foram morar na Itália a partir de então. Aí começamos a rodar, o Rivelino e o Platini voltaram para o Brasil. Eles até jogaram em alguns clubes do Brasil, mas desistiram. Rivelino mora em Belo Horizonte, enquanto o Platini mora em Itararé, interior de São Paulo.

RELEMBRE:

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