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'Diego pode sonhar com Seleção, mas há muitos empecilhos'

Diego Ribas chega ao Flamengo com 31 anos e ainda tem idade para disputar a Copa do Mundo da Rússia, em 2018

20 jul 2016 - 20h42
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Novo reforço do Flamengo, o meia Diego Ribas chega para jogar no Brasil aos 31 anos. Sem jogar pela Seleção desde 2009, nas Eliminatórias da Copa da África do Sul, em 2010, ele deposita em Tite as esperanças de voltar a vestir a camisa amarela. Na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, ele terá 33 anos, o suficiente para fazer parte do elenco convocado. No total, ele tem 34 jogos e 4 gols pelo Brasil.

Diego Ribas fez seu último jogo na Seleção em 2009 (Foto: Ivan Alvarado)
Diego Ribas fez seu último jogo na Seleção em 2009 (Foto: Ivan Alvarado)
Foto: Lance!

Com várias passagens pelas categorias de base brasileiras, Diego foi convocado pela primeira vez para o time principal em um amistoso contra o México, em 2003. Na final da Copa América de 2004, ele iniciou a jogada que resultou no gol de empate do Brasil e levou a decisão para os pênaltis. O meia converteu a terceira penalidade da Seleção, que venceu por 4 a 2.

Diego e Robinho foram companheiros de Santos e Seleção (Foto: Reprodução/Facebook)

Na Copa América de 2007, ele esteve no elenco bicampeão, mas não foi muito utilizando por Dunga, sendo titular apenas uma vez. Na Olimpíada da China, em 2008, ele participou dos seis jogos na competição, marcou dois gols, um deles na disputa pelo bronze, e deu três assistências, a mais bonita delas também neste jogo. Ele também foi testado por Dunga durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, atuando em cinco partidas.

Especialistas do LANCE! colocaram o atleta com potencial para conseguir seu espaço, mas ainda um pouco longe da briga por uma vaga no grupo da Seleção.

Carlos Alberto Vieira, editor do LANCE!

- Sonhar com a Seleção o Diego pode. Tem futebol refinado, já vestiu algumas vezes a camisa amarelinha. Mas há muitos empecilhos. O primeiro é que o meia teve fases excelentes e, mesmo nessas fases, não conseguiu sequência na Seleção. E o Diego de hoje, embora seja inquestionavelmente um jogador para chegar e assumir a posição de titular e líder da criação do Flamengo, não é o mesmo jogador de três temporadas atrás, sendo que estou usando como referência um período no qual ele já não era top de linha.

Diego pode ressurgir em grande estilo. Atenção: pode.

Primeiro precisará mostrar neste segundo semestre, que seus momentos apagados na segunda fase do Atlético de Madrid e no Fenerbahçe (principalmente na reta final da temporada 2015/16) foi um acidente de percurso e que é capaz de corresponder às expectativas da torcida, que deu a Diego uma recepção de ídolo.

Diego é bom. Mas até me fazer queimar a língua (e ele tem bola para isso) está no rol de uma aposta de risco. Superando isso, poderá ser a versão Rubro-Negra do santista Ricardo Oliveira, que chegou, viu, venceu e hoje é da Seleção. Até lá ele tem de pensar em mandar bem no novo clube.

Diego Ribas na Seleção (Foto: Reprodução/Internet)

Mário Boechat, repórter do LANCE!

- O Diego chega ao Flamengo com status de maior craque do time. A própria recepção no aeroporto e também na Gávea demonstra isso. Por outro lado, precisamos saber qual Diego vai desembarcar no Rubro-Negro. Na última temporada, atuou em apenas 20 partidas pelo Fenerbahçe, ficando no banco de reservas em grande parte do ano.

Acredito que ele tenha condições de recuperar o bom futebol atuando no Brasil. Se vai ser suficiente para chegar à Seleção Brasileira, não sei. Mas estamos muito carentes de jogadores de sua posição e até o Kaká, que atua no Orlando City, dos Estados Unidos, vinha sendo convocado. Se ele conseguir fazer o Flamengo jogar e levá-lo ao G4 do Brasileirão e, quem sabe, ao título, as chances aumentam consideravelmente.

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