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Escala do avião da Chape custaria R$ 10 mil e uma hora extra

Parada na Bolívia provavelmente teria evitado a tragédia com o avião da Chapecoense na madrugada de terça-feira

3 dez 2016 - 10h23
(atualizado às 11h25)
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O acidente com a Chape deixou 71 mortos (Foto: RAUL ARBOLEDA/AFP PHOTO)
O acidente com a Chape deixou 71 mortos (Foto: RAUL ARBOLEDA/AFP PHOTO)
Foto: Lance!

Uma parada no Aeroporto de Bogotá muito provavelmente teria evitado a tragédia que deixou 71 pessoas mortas e seis feridas na Colômbia. Caso a LaMia, empresa responsável pelo avião da Chapecoense, tivesse decidido parar e realizar um abastecimento, o custo adicional seria de cerca de R$ 10 mil e mais uma hora de voo, segundo o coronel Douglas Machado, especialista em aviação consultado pela Folha de S.Paulo.

A parada era necessária pois a distância entre Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e Medellín, na Colômbia, é de cerca de 3.000 km, exatamente a autonomia de voo do avião. Resumindo, a aeronave não tinha margem de reserva para o trajeto.

"Na tentativa de agradar o cliente (a Chapecoense) provavelmente o piloto optou por chegar rápido ao destino, mas a partir de um risco desnecessário", disse Machado, em entrevista à Folha.

Pilotos brasileiros ouvidos pelo jornal criticam o fato de o comandante ser também o sócio da empresa LaMia, o que poderia causar conflitos de interesse entre o cuidado com a segurança e custos.

"Se fosse um piloto contratado (funcionário da empresa), ele pensaria na própria vida e pararia no primeiro aeroporto que visse (se soubesse que estava com pouco combustível)", disse o advogado especializado em causas aeronáuticas Josmeyr Oliveira.

Lance!
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