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Fabinho projeta duelo da Champions: 'O Dortmund será difícil como o City'

Time do brasileiro, Monaco eliminou os Citizens nas oitavas e pegará o Borussia nas quartas. O primeiro jogo será nesta terça-feira, às 15h45 (de Brasília), no Signal Iduna Park

11 abr 2017 - 10h04
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O Monaco chegou às oitavas de final da Liga dos Campeões após ficar em primeiro do Grupo E, que tinha Bayer Leverkusen, Tottenham e CSKA Moscou. O sorteio, contudo, colocou o Manchester City, de Pep Guardiola, no caminho da equipe de Leonardo Jardim. Contra todos os prognósticos, eliminou os ingleses no critério dos gols marcados fora de casa e agora vai encarar o Borussia Dortmund nas quartas de final.

O primeiro jogo diante dos alemães será nesta terça-feira, às 15h45 (de Brasília), no Signal Iduna Park. A partida promete muitas emoções, uma vez que as duas equipes jogam para frente e buscam sempre o gol.

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o brasileiro Fabinho comentou os duelos contra o Manchester City e projetou o confronto contra o Borussia Dortmund. O volante explicou ainda como o Monaco vem lidando com tantas competições ao mesmo tempo. Além disso, afirmou que pretende jogar no Campeonato Espanhol e na Premier League.

O Monaco fez duas excelentes partidas contra o Manchester City e conseguiu a classificação pelos gols marcados fora de casa. Quando saiu o sorteio, o que vocês pensaram quando viram os ingleses pela frente, considerados favoritos?

Pela nossa cabeça passou que jogo seria difícil, que o City seria favorito. Passamos a pensar um pouco na maneira deles jogarem. É um time complicado de marcar, prende bastante a bola. Mesmo que eles fossem favoritos e que tivessem uma equipe melhor, tínhamos o pensamento que era possível. Depois do primeiro confronto, por conta de como estava se desenrolando a partida, esperávamos um resultado melhor. Ficamos triste com o resultado, não com o nosso jogo. Surgiram algumas dúvidas se conseguiríamos reverter o placar, mas o nosso treinador sempre tinha um discurso otimista, nos passando confiança. E chegamos para o segundo jogo, naquele momento, quando saímos do vestiário, sabíamos que seria o nosso dia, todo mundo deu o seu máximo. Fizemos um excelente primeiro tempo, levamos um gol, mas tivemos força de fazer o terceiro. Seguramos a pressão do City no fim do jogo e conseguimos passar para as quartas de final.

Depois do revés no primeiro jogo, a confiança ficou um pouco abalada?

Nós tivemos dificuldades de parar o jogo ofensivo do Manchester City, mas também sabíamos dos erros que havíamos cometido, muitas falhas de posicionamento e perdas de bola. Percebendo isso, vimos que poderíamos melhorar e conseguir um resultado diferente contra eles. Foram duas semanas de diferença entre um jogo e outro, e deu para trabalhar bem dentro de campo e fora, no aspecto psicológico. Ainda bem que tudo deu certo no segundo jogo.

Jogadores do Monaco comemoram gol sobre o City (Foto: AFP)

O City ainda não teve o Gabriel Jesus, que se lesionou uma semana antes...

O Gabriel Jesus estava em uma fase muito boa, vinha sendo um dos melhores do City. Até gostaria de reencontrá-lo, pois já estive com ele em alguns amistosos pela Seleção Olímpica, seria legal jogar contra ele. Tivemos a sorte de ele não ter jogado, mas eles tiveram o Agüero muito bem na primeira partida. Mas o Gabriel Jesus poderia ter feito a diferença pelo lado do City.

Agora, o adversário é o Borussia Dortmund. O que vocês esperam encontrar diante dos alemães?

O jogo contra o Borussia Dortmund vai ser parecido com o que foi contra o Manchester City. É uma equipe muito ofensiva, jovem como a nossa. Eles sempre têm uma opção no ataque, o que dificulta muito para os defensores. Vai ser difícil, mas podemos aproveitar os contragolpes, com nossa força e velocidade em uma saída rápida. Tentaremos um bom resultado já nesse primeiro jogo, que será na Alemanha, e melhorar algumas coisas que pecamos contra o City, para não ter que voltar para Mônaco tendo que tirar uma diferença de dois ou mais gols.

Eles têm alguns problemas na defesa desde a saída do Hummels para o Bayern. É um ponto a explorar, principalmente pelo poderoso ataque do Monaco?

Independente de quem joga na zaga, sabemos que o nosso ataque pode gerar problemas para várias defesas. Nós procuramos focar na nossa força e espero que a gente consiga a classificação para as semifinais.

Fabinho concedeu coletiva na segunda (Foto: Patrik Stollarz / AFP)

O Monaco está prestes a dividir o foco entre a disputa do Francês e uma fase dificílima na Liga dos Campeões depois de ter superado o City. Como vocês estão lidando com isto?

Estarmos vivos nas competições mostra que estamos lidando bem com isso. É muito bom porque todos os jogadores sempre jogam, não dá para escalar a mesma equipe em todas as competições. Temos algumas lesões, mas esperava até mais problemas por conta do número de jogos que estamos fazendo. Está bastante pesado, a equipe está conseguindo aguentar bem. E não procuramos dar preferência a nenhum campeonato, sabemos que nesse momento da temporada cada jogo é decisivo. No Francês, se perdermos pontos o PSG já está na cola. Na Copa da França, como é apenas uma partida, se perdermos estamos eliminados. E qualquer bobeira na Liga dos Campeões pode ser decisiva no torneio. Vamos seguir bastante concentrados para seguir vivo nas competições que disputamos.

Diante de sua excelente fase, gigantes do futebol europeu já estão se movimentando para tentar a sua contratação. Como você vê esse interesse dos grandes clubes?

O que sai em jornal a gente sabe que nem sempre é verdade. Quando temos o nosso nome relacionado com alguma grande equipe é legal, é bom, mas não procuro perder muito o meu foco. No momento não estou pensando muito em transferência. Falta muito para o mercado abrir e estou focado aqui no Monaco, de terminar a temporada bem, se possível com títulos. Agora não é muito a hora de pensar em transferência.

Teria alguma preferência, como o Real, onde já atuou?

Preferência de clube, não. Mas gosto muito de assistir a dois campeonatos, que são o Espanhol e o Inglês. Eles têm um futebol bem vistoso, as arquibancadas estão quase sempre cheias, o que é um fator importante. Se eu tiver a oportunidade de jogar em um desses campeonatos, vou gostar muito.

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