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Gerenciado por Kia, ex-aposta do Santos estreia na 2ª alemã e não pensa em voltar ao Brasil

Victor Andrade muda trajetória na Europa, deixa o Benfica, e vai ao 1860 Munique. Com iraniano ao seu lado, só volta ao Brasil se for para o Peixe e se vê na Copa de 2018

23 jul 2016 - 08h21
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Badalado desde muito jovem e apontado como o substituto de Neymar no Santos, Victor Andrade, aos 20 anos, não quer nem pensar no futebol brasileiro. Com contrato até 2021 com o Benfica, de Portugal, e agenciado por Kia Joorabchian, ex-dirigente da MSI, parceira do Corinthians entre 2004 e 2007, o atacante inicia nova fase na Alemanha, com o 1860 Munique, clube que disputa a Segunda Divisão do futebol do país.

- Não penso em voltar. No Santos, pretendo encerrar a carreira, mas para voltar e jogar, agora não. Não tenho vontade de voltar a jogar no futebol do Brasil. Não que no Brasil não seja profissional, mas aqui (na Europa) você não amadurece só como jogador, mas também como pessoa. Pela cultura e pelo futebol daqui, a vivência, a segurança... - explica Victor ao LANCE!.

- Não quero ser substituto de ninguém, Neymar é um craque, um ídolo do futebol, construiu a carreira dele. Eu estou construindo a minha, cada um constrói a sua - completa, ao falar de seu único amigo dos tempos de Santos com quem ainda diz manter contato. Vale lembrar que Victor Andrade esteve no profissional santista entre 2012 a 2014, depois de anos nas categorias de base do clube.

- A gente troca bastante ideia, sempre se vê, um amigo que me ajudou bastante quando eu subi da base e agora é um amigo pessoal. Da base não tenho amigos, porque era mais próximo do Neymar mesmo, mas não jogamos na base juntos. Além dele, um amigo meu, o Ivan, que jogou na base, mas não se profissionalizou.

Victor já 'estreou' com a camisa do Munique, em amistoso contra o Borussia Dortmund  (Foto: Reprodução/Instagram)

Apontado com 'protegido' de Robinho, já que as famílias sempre foram próximas, Victor Andrade diz estar acostumado à pressão desde muito jovem. Embora lide com a cobrança, também admite que ela foi uma das responsáveis por lhe tirar do Brasil tão cedo.

- De uma certa forma, claro que me ajudou (a sair do país) porque os clubes aqui na Europa se mostraram interessados, já queriam que eu viesse para cá, vim no momento certo. Poderia ter ido para o Hoffenheim, antecipado a vinda a Alemanha, mas agora estou aqui. Uma nova cultura - conta.

No Munique, já estreou em um amistoso de pré-temporada, contra o Borussia Dortmund, no qual saiu com vitória por 1 a 0. Ainda muito jovem, sonha em fazer sucesso na Europa e levar seu time à primeira divisão, competição que não disputa desde a temporada 2003/2004. Oportunidade para ser presenteado com uma chance na Seleção Brasileira.

- Já tinha vontade de jogar aqui, é um bom clube, já tem um brasileiro aqui, está dando uma assistência muito boa. Chegou agora o Ribamar, do Botafogo. Estou gostando do clube, estou gostando do futebol, estou me sentindo bem aqui. A segunda divisão da Alemanha é melhor do que a primeira de muitos campeonatos na Europa. Então eu estou pronto para mostrar meu trabalho - afirma, e completa:

- Sou muito novo, tenho 20 anos, estou no lugar certo, evoluindo no momento certo e lógico que pretendo jogar na Copa do Mundo de 2018 (na Rússia), estou trabalhando para isso.

Problemas com Muricy Ramalho em início do Santos

No dia 5 de junho de 2012, Victor Andrade, aos 16 anos, fazia seu primeiro treino após subir para o elenco profissional do Santos. Seu treinador, na época, era Muricy Ramalho, comandante da equipe no título da Copa Libertadores em 2011. A relação, porém, nunca foi tranquila. Apesar da pouca idade não faltava personalidade ao jovem, que esbarrava na rigidez de Muricy.

Victor diz não guardar rancor daqueles episódios e afirma que tal situação não foi uma ''exclusividade'' sua. Para o atacante, problemas entre técnico e jogador são comuns no futebol.

- Ele falava algumas coisas para mim, depois falava outras na mídia, mas não tenho nenhum rancor dele, ele fala o que quer, foi quem me subiu para o profissional, é um grande treinador. Às vezes, as pessoas atrapalham, mas isso é do futebol, não foi o primeiro, nem será o último, se me atrapalhou, também me ajudou, então está tudo bem - explica, e completa:

- Era um bom treinador, eu sabia que eu tinha muito a amadurecer, ele tinha o jeito dele e às vezes ele passava uma imagem minha que não era verdadeira, mas já foi. Isso já passou, é um grande treinador, uma grande pessoa, o que importa é que eu estou aqui e estou feliz.

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