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Ídolo da Lusa, Zé Maria lamenta situação atual: 'Tem que zerar tudo'

Lateral-direito da Portuguesa nos anos 1990 tenta entender o que aconteceu com o clube

10 mar 2017 - 09h54
(atualizado às 09h54)
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Uma das referências da Portuguesa na famosa safra de revelações dos anos 1990, ao lado de astros como Dener, Rodrigo Fabri, Zé Roberto, César, Leandro Amaral e outros, Zé Maria falou sobre a atual situação do clube. Em sérias dificuldades financeiras e institucionais, a Lusa está na Série A-2 do Paulista e foi rebaixado para a Quarta Divisão do Campeonato Brasileiro.

- Eu fico muito chateado, ainda depois de muito tempo de ter saído. Estive lá em 2008 para encerrar a carreira, e não era um clima bom. O problema é que eles nunca se uniram para crescer. O grupo que estava comandando, estava bem, o outro grupo ficava triste. Se o clube estivesse mal, o outro grupo estava alegre, um querendo derrubar o outro. Em longo prazo, acaba pagando, e está pagando. Isso é uma pena - disse Zé Maria, atual treinador do GOR Mahia, do Quênia, ao LANCE!, para depois analisar se existe alguma perspectiva de melhora:

- Pior do que está, não tem como ficar. Está no mais baixo nível dos campeonatos. Tem que reestruturar tudo. Conversar, que é a melhor coisa, para que todo mundo reme na mesma direção, o que foi feito não está certo. E juntar todo mundo é o mais difícil. Clubes no Brasil e na Europa fizeram, a Juventus caiu, voltou e agora domina o país. Tem que zerar tudo.

Ao lembrar da Portuguesa, Zé Maria não esconde o saudosismo. Lembra dos tempos áureos, cita alguns ídolos, e admite que o sentimento pela Lusa ainda é forte, apesar da situação.

Eu cresci lá, dos 11 anos aos 23, joguei lá, no salão, no campo, dormi no alojamento, era uma segunda casa. E ver as condições dela hoje é lamentável. Fico muito chateado, é um time que lutou pelo Brasileiro, pelo Paulista, e agora está em níveis inferiores. Time que passou Dener, Zé Roberto, Maurício, Cristovão Borges, Rodrigo, jogadores de grande qualidade, e hoje não tem sombra disso, é um passado já muito distante. É um amor. Que time eu torço? Pela Portuguesa, mas ela não existe mais - concluiu.

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