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Insuperável, Renato joga em todas e pede 'coração na chuteira' no clássico

Mais velho do Santos, volante é o único presente em todos os jogos no Brasileirão. Torcedor declarado, ele pede 'coração na ponta da chuteira' contra o Palmeiras e pode ir mais longe

28 out 2016 - 06h18
(atualizado às 10h03)
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Talvez nem o mais fanático torcedor do Santos conseguiu estar presente em todos os 32 jogos do Peixe até aqui no Brasileirão. Mas um apaixonado e até com sacrifício não só esteve, como também jogou em todos eles.

Aos 37 anos, Renato é o único em meio aos Meninos da Vila a ter jogado todos os desafios do Alvinegro no Nacional. Nem mesmo Vanderlei, que é goleiro, conseguiu alcançar tal marca na temporada.

Até então, a forma física do camisa 8 e ídolo santista parecia ser o segredo da longevidade, mas seus feitos recentes contestam a preparação e as horas de musculação.

Acostumado à disciplina tática e a dar passes que fazem uma trajetória irretocável, o volante calmo chegou a abandonar o esquema tático e esquecer das cãibras para se arriscar no ataque. Um dos resultados do posicionamento de alto risco foi determinante: gol no fim e vitória de virada sobre o Corinthians.

Por falar em clássico, Renato já sabe o que lhe espera neste sábado.

- Todos os clássicos são importantes, o Palmeiras se tornou muito importante pelo retrospecto de jogos. Então acaba tendo aquela rivalidade. Não fiz nenhuma promessa, mas é um jogo complicado. São detalhes que acabam decidindo. Tem que ter o coração na ponta da chuteira. Que o torcedor venha, apoie. Não temos o objetivo alcançado ainda e queremos diminuir o número de pontos - disse, em entrevista ao LANCE!, antecipando que está disposto a jogar com o coração, caso a razão, ou melhor, a estratégia, não seja o suficiente para vencer o rival.

Renato foi herói em clássico com o Corinthians pelo Brasileirão deste ano (Foto: Ivan Storti/Lancepress!)

Alternando o lado torcedor e profissional, o bicampeão brasileiro reforça que suporta algumas dores para atuar, mas que respeita a fisiologia e as decisões médicas.

- É muito difícil hoje em dia jogar sem dor. No futebol é complicado. Até os garotos têm. Sabemos das nossas limitações. Uma dor insuportável me impediria de jogar, mas já joguei com dores no tornozelo e era suportável. Eu tinha que me acostumar. Particularmente, não tem um jogo que joguei sem dor - diz.

Mas para Renato, o torcedor e o camisa 8, dor mesmo seria não vencer o Palmeiras neste sábado.

Confira um bate-bola exclusivo com Renato:

Surpreende saber que jogou todas do time no Brasileirão?

Não fico surpreso em virtude da pré-temporada. Foi um tempo fundamental para me preparar. Tive algumas lesões quando voltei e agora estamos fazendo bom trabalho. Não levei muitos cartões também. Fiquei fora de alguns jogos na Copa do Brasil, o que ajuda, porque eram viagens longas. Procuro me manter na parte física e estar à disposição do Dorival. Ele pode fazer algum rodízio, mas quero ajudar em campo.

Contra o Corinthians, você abandonou o esquema tático para fazer o gol. Agiu mais com o coração do que com o cérebro ?

A gente acaba improvisando. Contra o Coritiba, fui para frente, falei para o Thiago Maia ficar ali porque eu não conseguia correr, tinha cãibra. Fui para frente para ajudar. Contra o Corinthians, também estava com cãibra. Tenho com o Dorival essa liberdade de me adiantar. Nessa hora é mais coração mesmo. Tudo para ajudar. É instinto.

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