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Inter quer 38ª rodada cancelada e evita polêmica sobre possível queda

Em entrevista coletiva juntamente com os jogadores, presidente Vitório Píffero também confirmou entrada no STJD para que Vitória perca pontos por escalação irregular

1 dez 2016 - 20h27
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Lutando desesperadamente contra o inédito rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, o Internacional quer que a última rodada da competição seja cancelada. Para o presidente do clube, Vitório Píffero, que deu entrevista coletiva junto com todo o elenco Colorado, nesta quinta-feira, não há clima no país para que haja qualquer partida de futebol no ano de 2016.

Presidente Vitório Piffero quer que última rodada do BR seja cancelada (Foto: Itamar Aguiar/LANCE!Press/Raw Image)
Presidente Vitório Piffero quer que última rodada do BR seja cancelada (Foto: Itamar Aguiar/LANCE!Press/Raw Image)
Foto: Lance!

- Todos nós fazemos permanentemente estes trechos (de viagem) e isso aumenta sem dúvida a nossa dor. Poderia ser qualquer um. Calhou de ser a Chapecoense. Temos muitos amigos em Chapecó, na própria Chapecoense, que é de colonização gaúcha, com origens aqui. Uma identificação muito grande. Apoio incondicional às vitimas, aos familiares. Todo apoio possível para ajudar o clube a vencer essa situação. Estarei assinando amanhã (sexta-feira) um ofício à CBF encaminhando nosso pedido no sentido que a Chapecoense não seja sujeita ao rebaixamento nos anos 2017, 2018 e 2019. É uma iniciativa dos clubes. Terça temos uma reunião com a Liga Sul Minas Rio e vamos discutir como nós da Liga podemos ajudar a Chapecoense. O sentimento é de perda muito grande. O que nossos jogadores disseram (antes, na coletiva) é isso: se sentem abalados, como todos nós estamos, e que gostariam de não jogar. Seria melhor que não jogassem. O Internacional vai respeitar as determinações. O sentimento é de que não pode mais ter futebol em 2016. Esse é o sentimento. A perda é muito grande. O que abala é que poderia ser qualquer um. A grande maioria dos jogadores do esporte entende isso. Evidentemente que estamos sujeitos às determinações da entidade (CBF). A

proposta é não ter futebol em 2016. O que fazer, como fazer, não sei - disse.

Caso este desejo seja acatado, como o Inter está na zona do rebaixamento ao fim das atuais 37 rodadas, isso acarretaria na queda do clube gaúcho. Perguntado sobre isso, Píffero não foi claro em sua resposta e procurou evitar polêmicas, falando que o campeonato estaria "incompleto".

- Não estamos pensando de uma maneira legal. Estamos colocando o sentimento de que não será bom uma rodada nesse clima do futebol brasileiro. Independente da posição e do que possa acontecer. Eu não estou abrindo mão de nada. Só estou colocando o sentimento. O campeonato estaria incompleto. Ninguém botou causa nisso. Um fato lamentável que vitimou a todos. Temos que criar uma coisa nova que traga conforto à toda sociedade. Não podemos lotar estádios Brasil afora com esse clima. Nós vimos a homenagem que o Atlético Nacional prestou, que conquistou o mundo. Aonde que tu vai lotar estádio pra prestar homenagem? Nós no Brasil faríamos isso? Talvez. Eles fizeram uma coisa tão linda, que devemos bater palmas. Eu coloquei um sentimento de dificuldade de realizar a última tarefa decorrente de um fato que abalou a todos. A solução, se tiver que ser essa, sinceramente não sei te dizer, te falo da dificuldade que seria fazer esse último ato, que é o jogo - afirmou.

Alex e Ceará foram porta-vozes do elenco na coletiva. O meia disse que não há clima para se ter futebol no ano de 2016 e pediu que não aconteça a última rodada.

- O fato é muito maior do que qualquer situação. Em solidariedade a todos da Chapecoense, aos familiares das vítimas e dos sobreviventes, que se envolvem com a Chapecoense, a cidade de Chapecó. A gente quer dizer que se fala muita coisa, mas, para ser bem direto, não se comparam as situações e o momento mais do que excepcional de tristeza. O campeonato fica nessa dúvida. Não tem tabela, não tem nada. A gente gostaria de deixar bem claro, por uma questão de respeito e emocional, que não teríamos condições de jogar a última partida. Como somos profissionais, respeitamos hierarquias, leis e regras. Se houver, vamos cumprir. O nosso sentimento com a situação toda, pelo que sentimos, é de não ter rodada - finalizou.

STJD

O presidente do Inter também confirmou que o time entrou com um pedido no STJD para que o Vitória, que também luta contra o rebaixamento, perca pontos por conta de escalação irregular do zagueiro Victor Ramos.

- Já entramos aliás hoje (quinta-feira) à tarde em busca do nosso direito. E aqui vou usar uma frase do próprio Fernando. Não tem clube no Brasil que tenha tanta autoridade para recorrer na justiça quanto o internacional para conquistar um direito. Em 2005 nós perdemos na justiça desportiva brasileira a chance de ser campeão brasileiro. Eu disse na época e repito agora "Nos tomaram na mão grande". Ninguém tem mais autoridade que o Internacional, por este motivo, de buscar o reconhecimento da situação, do jogador (Victor Ramos) que poderá reverter em pontos - encerrou.

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