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Investidor, capacidade, molde e prazo: L! detalha projeto de arena santista

Conversas por construção avançam, e Peixe tem reunião para apresentar projeto. Com apoio de investidor e capacidade para 27 mil lugares, previsão de conclusão é antes de 2020

30 jul 2016 - 07h38
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A ideia antes de assumir o cargo de presidente do Santos era um pouco diferente, mas Modesto Roma Júnior está avançando em seu objetivo de dar ao Alvinegro uma nova casa. A meta inicial, como consta no Programa de Gestão de Modesto durante as eleições, era "estruturar um projeto e buscar parceiros para modernização da Vila Belmiro". Há algum tempo, contudo, o dirigente foi demovido desta ideia e deu início em setembro de 2015 a uma força-tarefa para viabilizar o projeto de uma arena multiuso.

Vila Belmiro não deixará de ser utilizada em caso de construção de nova arena (Foto: Ivan Storti/Lancepress!)
Vila Belmiro não deixará de ser utilizada em caso de construção de nova arena (Foto: Ivan Storti/Lancepress!)
Foto: Lance!

Em parceria com a União e com a Associação Atlética dos Portuários de Santos, o Peixe já tem detalhes praticamente definidos e conta ainda com o auxílio de um investidor americano, disposto a investir cerca de R$ 300 milhões na construção do estádio, que ficaria em uma área a aproximadamente 1km da Vila.

O valor total para realização do estádio, no entanto, giraria em torno de R$ 400 e 500 milhões, mas as partes tentam abater a diferença entre o montante a ser pago pelos investidores cedendo o terreno para construção, que hoje pertence à Prefeitura.

No projeto, o Santos pretende construir 27 mil lugares. O espaço a ser usado, entretanto, ainda é discutido. A Portuguesa Santista, por meio de seu estádio e estacionamento, é dona de um terreno de 12 mil m² que interessa às partes. O clube, contudo, ainda não está 100% seguro quanto à participação no projeto e, caso fique de fora, a arena será construída em um espaço de 88 mil m².

Santos, Portuários e União já assinaram uma carta de intenções, que formaliza o interesse na participação do projeto. O Peixe, aliás, já agendou uma reunião para o próximo dia 18 para apresentar o projeto ao Conselho Deliberativo. O presidente santista já sondou alguns membros e crê na aprovação da nova arena.

Este é o trajeto que liga a Vila Belmiro ao terreno do novo estádio. Em horário de rush, pode ser feito em 15 minutos (Foto: Reprodução)

Caso seja realmente aprovado, clubes e investidor darão entrada nos laudos técnicos. O LANCE! apurou que a construtora e a incorporadora já estão definidas pelo investidor, e a previsão para início das obras é ainda neste ano. Pelo projeto, o estádio estaria concluído em 30 meses, ou seja, antes de 2020. Do lado de fora, a arena será construída de forma que lembre a Vila Belmiro, com o branco e o preto predominando nas cores. Além disso, o clube pretende incluir 1500 vagas de estacionamento, lojas, restaurantes e outras comodidades.

Por não participar do financiamento da obra, o Santos não terá direito, por exemplo, a 100% da renda com venda de ingressos. Todo lucro gerado no empreendimento, seja com realização de jogos, shows ou comercialização em restaurantes e estacionamento, será dividido entre todos os envolvidos, mas com uma porcentagem maior destinada ao investidor.

Mesmo com uma nova casa, contudo, o Peixe não quer abrir mão de Vila Belmiro. O clube pretende ainda mandar jogos no (quase) centenário estádio e até mesmo "emprestar" à Portuguesa Santista em dias de jogos simultâneos, já que a prioridade da arena será do Santos.

O sonho distante parece, enfim, próximo de sair do papel...

Relembre outras tentativas de construção de novo estádio:

Modernização da Vila Belmiro

Em 2007, sob a gestão de Marcelo Teixeira, o Santos apresentou um audacioso projeto de modernização da Vila Belmiro. A capacidade aumentaria de 20 para 40 mil pessoas, mas não saiu do papel, já que contaria com auxílio de custo da Prefeitura e demandaria desapropriação de casas próximas à Vila. Moradores também eram contra devido ao aumento no trânsito que causaria na região. Atual mandatário, Modesto Roma Júnior tinha como proposta de campanha ideia semelhante, mas optou por construir uma nova arena.

Estádio em Cubatão

Embalado por conta da construção de diversas arenas no país por conta da Copa do Mundo, o então presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro recebeu uma proposta de empresários para construir uma arena multiuso para o Peixe em Cubatão, cidade vizinha a Santos. Mas, por conta dos altos índices de poluição da cidade, o Peixe desistiu da ideia por imaginar que a localização não atrairia investidores e tampouco público.

Estádio em Diadema

A diretoria do Santos alimentou durante alguns anos a possibilidade de construir um novo estádio do clube em Diadema. O ponto era considerado estratégico, no km 22 da Rodovia dos Imigrantes, para atrair torcedores de São Paulo, ABC e litoral. Orçado em R$ 250 milhões e com capacidade para 40 mil torcedores, o projeto perdeu força após um investidor alemão desistir de participar e o Governo anunciar, à época, o Morumbi como estádio que representaria o Estado na Copa de 2014.

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