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Medalhistas do vôlei de praia comemoram espaço para as mulheres no esporte brasileiro

No dia em que são homenageadas pela conquista nos Jogos de Atlanta 1996, Jaqueline, Sandra, Monica e Adriana lembram que tiveram papel de pioneiras no Brasil

27 jul 2016 - 19h44
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Homenageadas nesta quarta-feira pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) pela conquista das medalhas de ouro e prata no vôlei de praia nos Jogos de Atlanta 1996, as ex-jogadoras Jaqueline Silva e Sandra Pires (que ficaram com o ouro), Adriana Samuel e Monica (que levaram a prata) fizeram questão de destacar seu papel de pioneiras para o esporte feminino olímpico do Brasil.

Jaqueline, Monica, Adriana e Sandra exibem as placas que receberam pelos 20 anos das medalhas em Atlanta 1996 (Foto:Inovafoto/CBV)
Jaqueline, Monica, Adriana e Sandra exibem as placas que receberam pelos 20 anos das medalhas em Atlanta 1996 (Foto:Inovafoto/CBV)
Foto: Lance!

- Essa vitória foi nossa, mas representou também o desenvolvimento dos novos atletas, igualdade de gêneros etc. Foi muito importante também abrir as portas para o esporte feminino, é importante que isso sempre seja lembrando como uma coisa marcante. Houve um momento que a diferença era muito grande entre homens e mulheres no esporte olímpico brasileiro - disse Jaqueline, que durante os Jogos do Rio irá atuar como comentarista da ESPN.

De fato, no ano em que fizeram a inédita final do vôlei de praia - esporte que estreou no programa olímpico justamente em Atlanta - a discrepância entre o espaço para as modalidades femininas nas delegações do Brasil era enorme. Em 1996, por exemplo, participaram 159 homens e apenas 66 mulheres.

- Eu acho que aquelas medalhas foram marcantes por abrir um espaço importante para as mulheres no esporte brasileiro. Era uma preocupação do Nuzman aumentar o espaço para o esporte feminino e a partir daí isso aconteceu - disse a parceira de Jaqueline na conquista do ouro, Sandra Pires, que também estará comentando o vôlei de praia, mas pelo canal Sportv.

Adriana Samuel, que ficou com a prata ao lado da parceira Monica, ainda hoje se sente honrada por ter ajudado na evolução do vôlei de praia no país.

- É muito bom saber que pudemos ganhar uma medalha olímpica para o Brasil, numa edição em que o vôlei de praia aconteceu pela primeira vez dentro dos EUA, que tinham começado antes da gente. Não tínhamos noção de que era uma conquista que iria se eternizar - afirmou.

Monica Rodrigues, parceira de Adriana na conquista da prata, também enaltece o papel de consolidação que o pódio inédito em Atlanta 1996 teve para o vôlei de praia do Brasil.

- Nossas medalhas acabaram fortificando a modalidade. Mostramos que no vôlei de praia era um esporte sério e que traria bons retornos aos patrocinadores. Não foi à toa que desde Atlanta que é uma das modalidades mais procuradas pelos torcedores - afirmou.

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