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Nobre e Maurício se distanciam e já não se falam após caso com a Crefisa

Um dos últimos atos do ex-presidente foi tentar impugnar a candidatura ao Conselho da dona da patrocinadora, mas sucessor deve contrariá-lo e aprovar sua participação no pleito

16 jan 2017 - 16h23
(atualizado às 16h23)
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Muito próximos nos últimos quatro anos, Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras, e Maurício Galiotte, seu sucessor, não têm mais relação. Desde o início do imbróglio por conta da candidatura da eleição de Leila Pereira ao Conselho Deliberativo do clube, os dois se afastaram.

Não há um rompimento oficial, mas a dupla não se fala mais. No fim de seu mandato, Nobre já dizia estar mais "reativo", esperando que fosse procurado para dar opiniões na transição. Após a mudança no comando e a inclinação de Maurício a favor de Leila, os contatos tornaram-se inexistentes, e Paulo tem cuidado de seus negócios no mercado financeiro neste início de 2017. Caso o atual presidente siga o caminho mais provável, de aceitar a candidatura de Leila, é possível que a situação fique "ainda pior", de acordo com uma fonte ouvida pelo L!.

No fim de sua gestão, Nobre tentou impugnar a candidatura de Leila, sob a alegação de que ela não era sócia há tempo suficiente para concorrer. Mustafá Contursi, ex-presidente e figura influente no CD, pediu a reconsideração do caso para Maurício. Embora o atual presidente não tenha anunciado seu veredicto, a dona da Crefisa e Faculdade das Américas deve ser liberada para participar da eleição em fevereiro.

Leila e seu marido, José Carlos Lamacchia, estão entre os candidatos inscritos semana passada na eleição para o Conselho pela chapa "Palmeiras Forte", de Mustafá. É ele quem diz ter dado o título de sócia benemérita à patrocinadora em 1996, tempo suficiente para lançar a candidatura. Lamacchia faz parte do quadro de sócios desde os anos 1950.

O distanciamento entre Paulo Nobre e Maurício Galiotte era esperado, mas a velocidade para a separação surpreende, já que o atual mandato completou apenas um mês no domingo. Primeiro vice de 2013 e 2016, o novo presidente tinha uma decisão a tomar: se apoiasse o veto à candidatura feito pelo antecessor, correria o risco de perder o patrocínio que paga R$ 78 milhões por ano; se revertesse a decisão, o rompimento com Paulo seria o passo seguinte.

O ex-presidente já não tinha um relacionamento bom com os patrocinadores desde a briga pela possibilidade de lançar uma camisa retrô com a marca da Parmalat, no fim de 2015. Desse caso em diante, Maurício ficou responsável por tratar com os parceiros.

O contrato com a Crefisa e Faculdade das Américas acaba no dia 21 de janeiro, mas a tendência é de que seja renovado. No fim do ano, o clube recebeu cerca de R$ 23 milhões que já indicaram a aproximação do novo acordo, e serviram para viabilizar a chegada de Alejandro Guerra, a compra dos 100% dos direitos do Dudu, e dos 40% do lateral-direito Fabiano.

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