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Odebrecht vê 'inconsistência' em riscos na Arena Corinthians

No dia seguinte à veiculação de reportagem apontando risco de deslizamento na área externa da Arena Corinthians, construtora emite nota oficial e diz que não há problemas

2 nov 2016 - 17h43
(atualizado às 19h11)
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No dia seguinte às denúncias publicadas pelo jornal "Folha de São Paulo" de que um vazamento de água no subsolo da Arena Corinthians causa risco de grave deslizamento de terra na área externa do estádio, a construtora Odebrecht, responsável pelas obras do estádio, publicou nota oficial negando a ameaça de uma tragédia no local. A empresa falou em "inconsistência do noticiário" e dividiu sua explicação em tópicos, admitindo um problema recente e já superado em relação a vazamento de água.

Segundo a versão da Odebrecht, houve um vazamento de água constatado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) no início de 2015 e, posteriormente, uma erosão um ano depois. A nota diz que os eventos não têm relação entre si. O vazamento de 2015 foi por conta do problema em um registro dentro de uma caixa de passagem, que fez a água escoar por uma tubulação de esgoto, sem infiltração no solo. Já a erosão foi ocasionada por chuvas fortes na região. Os danos foram ressarcidos pela seguradora da Arena, diz a Odebrecht.

A construtora ainda explica que um relatório da Sabesp do primeiro dia de novembro informa que a companhia "esteve no local para inspeção e os técnicos constataram que a tubulação da Sabesp está em perfeito estado".

Segundo reportagem publicada na terça-feira, um vazamento de mais de dez milhões de litros d'água sob a Arena Corinthians foi descoberto em junho deste ano e causa risco de deslizamento de terra na área externa do estádio, o que tem potencial para atingir a Radial Leste, principal avenida desta região de São Paulo e que passa ao lado da Arena. Por meio de nota oficial, o clube negou risco de deslizamento após entrar em contato com a construtora, que se posicionou sobre esta e outras denúncias, como descolamento de placas e queda de forros.

"O estádio possui alvará de funcionamento e todos os demais laudos de segurança necessários a sua operação, emitidos pelos órgãos públicos que fiscalizam periodicamente as instalações locais, sem apontar nenhuma restrição", diz a Odebrecht.

CONFIRA A NOTA OFICIAL PUBLICADA PELA ODEBRECHT:

A Construtora Norberto Odebrecht, em face de notícias sem fundamento sobre a construção da Arena Corinthians, vem esclarecer que sempre prezou pela qualidade dos seus trabalhos, utilizando as melhores e mais modernas técnicas construtivas em todos os seus negócios, não só no Brasil como em mais de 20 países onde tem presença.

A Arena, inaugurada em maio de 2014, sediou com sucesso grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo 2014 e jogos da Olimpíada 2016. Ao longo destes dois anos e meio de operação, dezenas de partidas de futebol e diversos outros eventos foram realizados, sem oferecer qualquer risco aos usuários.

Tanto que o estádio possui alvará de funcionamento e todos os demais laudos de segurança necessários a sua operação, emitidos pelos órgãos públicos que fiscalizam periodicamente as instalações locais, sem apontar nenhuma restrição.

Quanto às inconsistências do noticiário recente, vale apontar que:

- O referido vazamento de água constatado pela Sabesp ocorreu no início de 2015 e não tem relação com a erosão ocorrida um ano depois no estacionamento.

- O vazamento, de 2015, foi devido a um problema detectado em um registro localizado dentro de uma caixa de passagem, que fez a água escoar por uma tubulação de esgoto, instalada no mesmo local. Ou seja, não houve infiltração no solo. Em nota, a Sabesp informou em 01/11/2016 que "esteve no local para inspeção e os técnicos constataram que a tubulação da Sabesp está em perfeito estado".

- A erosão, de 2016, foi ocasionada por chuvas torrenciais e acima de qualquer expectativa na região, tanto assim que a seguradora do estádio foi acionada e ressarciu parte dos danos.

- Também não é verdade que exista um córrego passando por baixo do prédio, sem canalização. Foi executada uma rede de drenagem especifica para esse fim e está em projeto As Built (como construído) que foi entregue ao Fundo Imobiliário ainda no ano de 2015.

- Quanto aos pontuais descolamentos de placas de granito das paredes, estão sendo avaliadas as reais causas de modo a impedir novas ocorrências dessa natureza. A construtora instalou mais de 30 mil metros quadrados desse material em pisos e paredes do estádio, sem o registro de nenhum problema relacionado à má instalação.

- Houve sim, há mais de um ano, queda de parte do forro em área restrita da Arena, e a Construtora tomou todas as medidas necessárias para corrigir o fato e garantir o acesso dos torcedores ao local sem quaisquer riscos.

- Não procede a informação de queda de placas de Techlan das fachadas no gramado ou na arquibancada.

Todos os trabalhos realizados na Arena tem as respectivas ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica), que servem par atestar a responsabilidade do executor. O CREA fazia visitas quinzenais à obra, verificando inclusive as mais de 200 ARTs assinadas por engenheiros ou arquitetos

Por fim, é preciso ainda esclarecer que a CNO garante a qualidade da construção, sendo responsabilidade do Fundo a sua manutenção.

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