Só Gabriel? LANCE! lista motivos para a queda livre do Palmeiras
O palmeirense terminou o mês de julho eufórico graças aos sete jogos de invencibilidade do time no Brasileirão. Só que com pouco mais de dez dias em agosto, a frustração tomou conta da torcida. O time, que chegou a ser o terceiro no campeonato, perdeu os últimos três jogos e parece “fora dos trilhos”, de acordo com Marcelo Oliveira. A lesão de Gabriel, fora até 2016, tem sua importância potencializada pela má fase no torneio.
As principais qualidades do Alviverde desde que o bicampeão brasileiro chegou sumiram contra Atlético-PR, Cruzeiro e Coritiba. Na série, o Verdão não marcou sob pressão como fez quando ficou sete jogos sem perder, voltou a ficar demasiadamente com a bola e finalizar pouco. Este era o maior problema com Oswaldo. Até golear o Vasco – último triunfo no Brasileiro –, o Verdão de Marcelo chutava mais e... Melhor.
O ataque, que tinha embalado, voltou às vacas magras. Leandro Pereira, após um jogo em branco, perderia a vaga para Barrios, que se machucou. Contra a Raposa, o camisa 17 teve mais 45 minutos, tornou-se reserva de Alecsandro e nem entrou na quarta. Ainda assim, é o artilheiro do Verdão no Brasileiro com seis gols, junto de Rafael Marques, que puxa a lista dos atletas em má fase.
Decisivo em clássicos e então um dos melhores no ano, o camisa 19 passou cinco jogos em branco até voltar a marcar na derrota para o Coxa. Ainda assim, o atacante não jogou bem. Leandro Almeida, Egídio e Cleiton Xavier são outros que passam por um momento ruim.
Sem Gabriel, principal responsável pela proteção da zaga, a defesa acumulou falhas decisivas. A saída para o ataque, também, foi prejudicada, já que Arouca agora está sobrecarregado, e Robinho, improvisado como volante, tem dificuldade como segundo volante. Fernando Prass, porém, considera que a lesão de Gabriel não é o único problema.
– O primeiro passo é ter a consciência do momento ruim. Sempre falamos em grupo bom aqui. Então, colocar nas costas de um jogador só o problema seria até covardia nossa, é algo incoerente. O grupo tem que trabalhar junto – avisou o camisa 1.
Apesar da queda, o Palmeiras ainda está a uma vitória de voltar ao G4, mas viu rivais como São Paulo, Sport e Atlético-PR o ultrapassarem – hoje, o time é o oitavo no Brasileirão.
Ausência de Gabriel, falta de cobrança, soberba? O próprio grupo tem dificuldades para entender a fase, e terá menos de dois dias para resolver o problemas e evitar a quarta derrota seguida. É hora de reagir!
Falhas na defesa
Se com Gabriel o Verdão tinha a segunda melhor defesa, nas últimas três derrotas o time levou gols após vacilos atrás. Contra o Atlético-PR, Lucas desviou para Walter marcar; em Minas, Leandro Almeida e Cleiton Xavier tinham a bola dominada nos gols e ante o Coxa o time se posicionou mal.
Passes errados
O camisa 18 era quem mais dava passes certos pelo time no Brasileirão. Desde então, o Verdão voltou a ficar mais com a bola, mas também falha muito o fundamento: na quarta, foram 55 passes errados, segundo pior índice do Palmeiras no torneio.
E os gols?
Até começar a perder, o time tinha o segundo melhor ataque do Brasileiro – a média com Marcelo era de 2 gols/jogo. Agora, poucos chutes certos e só dois gols em três jogos.
Barrios
O paraguaio foi contratado pela Crefisa e embora tenha feito só três jogos sem empolgar, seria titular contra o Cruzeiro, passando à frente de Leandro Pereira, artilheiro da era Marcelo, Cristaldo, o goleador do ano, e Alecsandro. Uma pancada na panturrilha o tirou das últimas duas partidas. Churry, o mais esquecido dos quatro, e Rafael Marques foram os autores dos gols na série.
Leandro Almeida e Cleiton Xavier
Homem de confiança do técnico, o beque tem seis jogos, mas já passou na frente de Jackson e tornou-se o primeiro reserva do setor. Ele ainda não conseguiu uma sequência de bons jogos. Cleiton, que ganhou a vaga na última rodada, segue jogando mal, embora esteja no clube há seis meses.