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Boxe

"Robson fez um campeonato incontestável", diz técnico da seleção de boxe

16 ago 2016 - 22h23
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O ouro inédito para o boxe brasileiro em Jogos Olímpicos conquistado nesta terça-feira pelo baiano Robson Conceição no peso-ligeiro (até 60kg) foi muito comemorado pelo técnico da seleção da modalidade, Mateus Alves, que ressaltou que o pugilista fez um campeonato perfeito.

Na luta que valeu o topo do pódio, Robson enfrentou o francês Sofiane Oumiha e venceu por decisão unânime, para delírio do Pavilhão 6 do Riocentro, praticamente lotado para incentivar o brasileiro.

"O francês veio mais agressivo do que esperávamos. Achávamos que ele viria mais nos contra-golpes, mas ele sabia que estava na casa do adversário e precisava mostrar mais intensidade de luta. Ao meu ver, com visão de torcedor, porque a gente também torce, o francês não fez nada para vencer. Foi incontestável. O Robson fez um campeonato incontestável", afirmou o técnico após a luta.

"Ele merece. Ninguém deu valor para ele quando ele perdeu a primeira, em 2008, em Pequim. Ninguém falou com ele quando ele perdeu a primeira em 2012. O mundo dá voltas, e hoje ele é campeão no seu terceiro ciclo olímpico, não é do dia para noite. (...) Não é um feito meu, da equipe olímpica. É um feito primeiramente dele, que sobe no ringue e dá o golpe. É a vontade dentro do coração dele de ser campeão", completou Alves.

Um dos mais empolgados com a vitória de Robson, o técnico também ressaltou o trabalho das pessoas que ajudaram o baiano a chegar ao ouro inédito e fazer história no Rio de Janeiro.

"É Ministério do Esporte, Comitê Olímpico, Confederação Brasileira, Forças Armadas, muita gente apoiando. Não é treinar na esquina e vir para cá. Ele é duas vezes medalhista em Mundial, foi a quatro Mundiais, três Jogos Pan-Americanos, tem mais de 250 lutas. Ele não apareceu do nada. Isso é para coroar o esforço dele e de muita gente que apoia o boxe hoje", destacou.

"Precisamos melhorar, desenvolver mais a base. Porém, no Brasil, a gente sabe que é diferente de outros países. O processo é um pouco mais lento, a organização vem um pouco mais devagar. Falta cultura olímpica, um pouco de organização esportiva em geral. Mas o boxe vem demonstrando que, com um trabalho sério, com uma equipe olímpica permanente, tem resultado", disse Alves.

EFE   
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