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Lutas Olímpicas

Baby repete bronze de Londres e entra em seleto grupo do judô brasileiro

12 ago 2016 - 17h31
(atualizado às 19h37)
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Conquistar duas medalhas olímpicas é um feito impossível para muitos atletas, mas não para Rafael Silva, o 'Baby', que desbancou nesta sexta-feira o uzbeque Abdullo Tangriev, prata em Pequim 2008, na disputa pelo bronze da categoria pesado (mais de 100kg) nos Jogos do Rio de Janeiro e repetiu o que havia feito em Londres 2012.

Baby entra para um seleto grupo de judocas brasileiros que chegaram ao pódio olímpico em duas oportunidades. O primeiro deles foi a lenda Aurélio Miguel, primeiro a conquistar um ouro para o país na modalidade em Seul 1988, e medalhista de bronze em Atlanta 1996.

Depois vieram Tiago Camilo, que foi precocemente eliminado no Rio, com prata na categoria leve, em Sydney 2000, e bronze na meio-médio, em Pequim 2008, e Leandro Guilheiro, com outros dois bronzes, em Atenas 2004 e Pequim 2008, ambas entre os pesos leves.

Ontem, Mayra Silva já tinha se tornado a primeira mulher na história do judô brasileiro a ter duas medalhas olímpicas. Assim como Baby, a gaúcha tinha obtido o bronze em Londres e voltou a conquistar a mesma medalha nos Jogos do Rio de Janeiro.

Pela organização das chaves, Baby teve mais tempo para descansar antes da luta decisiva e tentou aproveitar o cansaço do adversário, que deu sinais de exaustão ao ser batido na semifinal pelo japonês Hisayoshi Harasawa.

Apesar da postura mais ofensiva do brasileiro, os dois judocas foram punidos pela arbitragem por falta de combatividade passados 1min30s de luta. O judoca paranaense, então, apoiado pela torcida que lotou a Arena Carioca 2, aumentou o ritmo e forçou um novo shido para o rival.

Com a luta controlada, Baby administrou a vantagem. Não deixava Tangriev atacar e conseguiu um yuko faltando um minuto de luta. No fim, ouviu a contagem regressiva da torcida para comemorar e fazer história no Rio de Janeiro.

O caminho de Rafael Silva só não foi dourado pelo desafio enfrentado logo nas quartas de final. Depois de passar com duas vitórias por ippon contra o hondurenho Ramón Pileta e o russo Renat Saidov, o sorteio colocou o francês Teddy Riner na chave do brasileiro. Contra um dos maiores nomes da história do judô e invicto desde setembro de 2010 antes da final, não há outro resultado possível além da derrota.

O judoca paranaense refez o que já tinha conseguido em Londres, quando também caiu nas quartas e foi para a repescagem. Levantou a cabeça, esqueceu a derrota e partiu em busca do bronze. No Rio, primeiro teve um duelo difícil contra o holandês Roy Meyer, vencido apenas por um shido de vantagem. Depois, pegou Tangriev para repetir o feito de quatro anos atrás.

O Time Brasil termina as competições de judô com uma medalha de ouro, com Rafaela Silva, e duas de bronze, com Baby e Mayra Aguiar, um desempenho pior do que em Londres 2012, quando o país obteve um ouro e três bronzes, um deles do judoca paranaense de Rolândia.

EFE   
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