Novo titular argentino, Pérez já sofreu com golaço de Messi

Melhor jogador da última temporada em Portugal, Enzo Pérez é o favorito para substituir Angel Di María no jogo mais importante da seleção argentina desde 1990. Nesta quarta-feira, contra a Holanda em São Paulo, Pérez vai atrás de seu primeiro título mundial. Por clubes, a façanha já poderia ter sido alcançada. Se não existisse Lionel Messi.

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Em 19 de dezembro de 2009, Alejandro Sabella, Enzo Pérez e Marcos Rojo defendiam o Estudiantes na final do Mundial de Clubes em Adu Dhabi. O time argentino vencia o Barcelona até os 43min do segundo tempo, mas um gol de Pedro Rodríguez gerou a prorrogação. E foi justamente ali, a 11 minutos do fim, que Messi escorou um cruzamento com o peito para dar o título aos catalães. Frustração para três daqueles que são seus colegas hoje na seleção.

Mesmo com o vice-campeonato, aquela temporada mudou a vida de Enzo Pérez de patamar. Ele ganhou a Copa Libertadores, estreou na seleção com Diego Maradona, se transferiu para o Benfica-POR e, mesmo fora da última Copa do Mundo, reaparece quatro anos depois. A mão de Sabella é a que outra vez reconduz Pérez à chance de ganhar um título mundial.

Escolhido para sair do banco contra a Bélgica para o lugar do machucado Di María, Enzo Pérez teve pouco tempo para aquecer e pouco espaço para mostrar seu jogo em um dia marcante. Além da melhor oportunidade da carreira, Enzo jogava horas depois de saber da morte de sua avó.

A família ficou na Argentina para o enterro, mas viu a atuação dedicada de Pérez como secretário do lateral Pablo Zabaleta pelo lado direito. Um papel antigo para o hoje volante, mas que jogou com Alejandro Sabella justamente naquele setor do meio-campo nos tempos de Estudiantes.

Em Portugal, os torcedores do Benfica especialmente sabe que eles podem dar mais. Como volante, Enzo Pérez foi descrito pelo treinador Jorge Jesús como o cérebro do time campeão nacional e aquele que é mais difícil de ser substituído. Aos 28 anos, deve fazer o último grande contrato da carreira com Valencia-ESP ou Manchester United-ING.

Antes disso, Pérez tem a Copa do Mundo pela frente. Ele é pura emoção. “Creio que durmo menos que quando nasceram meus filhos”, disse ao Olé. “Há ansiedade e nervosismo. Sem dúvidas que se desfruta estar aqui, mas é difícil”, reconheceu. Dessa vez, ao menos, Messi joga a favor.