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Hyoran vê missão cumprida na Chape e crê em propósito maior no Palmeiras

13 jan 2017 - 20h03
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O meia Hyoran foi apresentado no final da tarde desta sexta-feira como reforço do Palmeiras. Contratado da Chapecoense, ele tratou por diversas vezes de assuntos ligados ao desastre aéreo que vitimou 71 pessoas no dia 29 de novembro, entre elas 19 atletas e 24 funcionários do clube catarinense.

Hyoran não estava relacionado para o jogo contra o Atlético Nacional-COL por conta de uma lesão no joelho. Ele havia acertado com o Palmeiras semanas antes da tragédia e recebeu sondagens para voltar a Chapecó e participar da reconstrução do time. O jogador, no entanto, quis consumar a transferência para auxiliar os catarinenses financeiramente.

"O Palmeiras fez um investimento muito grande para me trazer. Eles me queriam aqui", afirmou o atleta, que custou cerca de R$ 6 milhões ao Verdão. "Ajudei a Chapecoense dentro de campo quando estava por lá. Dei um respaldo muito grande com minha saída. E ajudei dessa forma".

"Quando o Palmeiras me contratou, pensei que quem não queria vir para o campeão brasileiro. Disputar títulos, talvez um Mundial. Eu agradeci a tudo que a Chapecoense fez por mim, mas tenho o objetivo de trabalhar aqui no Palmeiras", acrescentou.

Hyoran, de 23 anos, chegou a ficar com a voz embargada ao tratar do acidente. "Eu sou cristão e acredito em Deus. Creio que Ele tem um propósito por eu não ter ido viajar. Sei que não é fácil acreditar nisso em um momento de dificuldade e de tantas perdas. Mas eu creio que Deus tem um propósito maior do que imaginava para minha vida", declarou.

Ele mantém contato frequente com os sobreviventes do desastre e diz que levará para sua carreira a superação demonstrada pelos jogadores Neto, Alan Ruschel e Jackson Follmann. "Todos aqueles que sobreviveram são exemplos de vida para os outros. Vou levá-los como incentivos para minha vida", disse.

O meia voltará a jogar na Arena Condá no próximo dia 21, em amistoso de caráter beneficente com os catarinenses. Ele afirma que se esforçará ao máximo para honrar a memória dos colegas mortos vestindo o verde e branco do Palmeiras.

"O amistoso é uma forma muito legal de voltar para lá e ver a reconstrução da Chapecoense. A perda de todos os meus amigos eu levarei para sempre, mas agora sigo em frente. Tenho que levantar a cabeça e continuar jogando futebol. Eu levarei tudo de melhor do que aprendi com todos eles dentro e fora de campo. Vou levar tudo para representar o Palmeiras", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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