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Modesto critica Paulo Nobre por querer fazer caixa com Gabriel Jesus

24 jun 2016 - 11h04
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O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, foi polêmico na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro, enquanto prestava esclarecimento ao Conselho Deliberativo do clube. O mandatário tentava explicar que poderia resolver boa parte dos problemas financeiros do Peixe vendendo algum atleta do elenco, mas que preferia optar por outra alternativa e acabou usando o Palmeiras como exemplo. Sem citar nomes, Modesto falou sobre a postura do rival diante do assédio sobre Gabriel Jesus.

"Eu tenho uma relação muito boa com outros presidentes de clubes. E um presidente me dizia: esse meu jogador, meu ídolo, meu melhor jogador que a minha base já produziu na vida, só tenho 30% dele. Não vou falar o nome. Hoje se fala desse jogador como se fosse a décima maravilha do mundo. Outro dia fizeram uma enquete, que não sei se é confiável de verdade, que dizia que ele era muito melhor que o nosso Gabriel. Deu-se publicidade de que um diretor estrangeiro veio aqui ver", discursou o presidente, apontando um representante do Barcelona que foi ao Allianz Parque assistir Palmeiras e América-MG.

"Eu não quero que os nossos saiam. Quero o futebol maior, mas os outros querem vender, querem fazer caixa. Eu brigo com o empresário do Gabriel e do Lucas Lima, seu Vagner Ribeiro. Sempre brigo com ele. Não gosto da postura dele, mas é ele quem traz os negócios. É ele quem faz a cabeça dos jogadores. É a realidade do futebol brasileiro", bradou Modesto, que no entanto chegou a admitir ao Conselho Fiscal do clube a necessidade de vender alguns atletas para equilibrar as contas deste ano depois de um trimestre desfavorável.

"Esse ano vendemos o Geuvânio, talvez vendamos mais alguém, mas não os atletas de ponta. Ontem, conversava com Gabriel, e ele dizia a vontade dele de ficar mais um ano no clube. Essa conversa eu também tive com Lucas Lima e outros. A gente tem conversado e não há contrato a se vencer nesse período. Fazemos o possível para manter nosso plantel. Nosso clube tem por objetivo ganhar título", avisou.

O presidente do Peixe mais uma vez garantiu que não recebeu nenhuma proposta, com exceção feita a uma pelo lateral Zeca, mas que não interessou diante do valor considerado baixo. Modesto também reclamou de "notícias plantadas" e se mostrou incomodado com a situação do futebol no país.

"O Brasil virou de 1º mundo no futebol, e olha que talvez fosse a única coisa em que éramos de 1º mundo, para hoje sermos de 3º mundo. Fornecedores de mão de obra barata. Nós vendemos aqui e eles vendem lá fora por muito mais. Mas, é isso. Sinto muito. Talvez um dia a gente trabalhe para mudar essa realidade e volte a ser futebol de 1º mundo", lamentou, alegando ter as mãos atadas. "Precisávamos começar isso fazendo um trabalho com nossos deputados. A nós competem só cumprir as regras. Aqueles que não têm regras a cumprir, usam e abusam", concluiu Modesto.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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