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Paulo Nobre rebate possibilidade de comprar o Allianz Parque

8 nov 2016 - 08h03
(atualizado às 10h56)
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O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, refutou as especulações sobre a possibilidade de comprar o Allianz Parque Itália da WTorre, responsável pela construção do estádio. O mandatário não quis comentar a conturbada relação entre o clube e a empresa, mas reclamou da câmera instalada em seu camarote.

Após a cerimônia de homenagem ao ex-jogador Dudu - que ganhou um busto no Allianz Parque, na última segunda-feira -, Nobre afirmou não ter dinheiro para a aquisição do novo estádio palmeirense, inaugurado no fim de 2014 e sob administração da construtora até 2044. Ele ainda esclareceu não ser dono do Banco Itaú, de quem compra e vende ações, e não quis se comparar ao milionário presidente do Real Madrid, Florentino Pérez.

"Eu não comento nada do clube com absolutamente ninguém que não participa do dia a dia comigo. Gostaria de saber quem teve essa ideia de que vou comprar a arena. As pessoas imaginam que sou dono do Banco Itaú, caramba, imaginam que sou o (Florentino) Perez lá do Real Madrid. Isso não é a realidade. Essa arena é um tanto quanto cara para eu conseguir ter potencial de comprar", explicou o presidente do Verdão.

Ainda na conversa com jornalistas, Paulo Nobre chiou da instalação de uma câmera em seu camarote na arena, após a confusão durante a partida contra o Flamengo, no dia 14 de setembro, quando solicitou a expulsão de um torcedor rubro-negro do local. Desde então, passou a ser vigiado pelo sistema de segurança da construtora.

No duelo contra o Internacional, no último domingo, funcionários do Verdão colaram um adesivo promocional do programa de sócios-torcedores do clube, o Avanti, tampando a lente da câmera.

"A relação entre Palmeiras e WTorre eu comento só com a própria parceira. Nunca levo isso para a discussão pública. Quem vaza essas imagens dessa total falta de respeito de terem colocado uma câmera no nosso camarote para nos fiscalizar são eles. Então quem tem de responder são eles", esbravejou o dirigente.

"A relação é totalmente institucional, acho que já é público que a relação não é harmoniosa, tanto que eles já entraram com duas arbitragens contra o clube. Mas o fato de não ser harmoniosa não significa que a gente não tem de saber conviver com uma possível parceira de 30 anos", concluiu.

Em outubro, a câmara de árbitros da Fundação Getúlio Vargas deu causa de ganho ao Palmeiras e delimitou à WTorre o direito de vencer apenas 10 mil cadeiras, obedecendo a vontade do clube - a construtora entendia que poderia comercializar a carga total das cadeiras. Na época, a vitória foi muito comemorada pela diretoria alviverde.

Já nas últimas semanas, o gramado do Allianz Parque foi o principal motivo de atrito entre as partes. Após a eliminação para o Grêmio na Copa do Brasil e a vitória sobre o Sport, pelo Campeonato Brasileiro, os jogadores e o técnico Cuca reclamaram bastante do campo do Verdão. Paulo Nobre, por sua vez, cobrou melhorias da World Sports, empresa contratada pela WTorre para cuidar da grama.

As cobranças surtiram efeito e o gramado da arena alviverde apresentou melhores condições para o jogo contra o Inter, de quem o Palmeiras venceu por 1 a 0. No entanto, o campo pode sofrer novamente com a realização de dois shows da banda Guns N' Roses, marcados para os dias 11 e 12 de novembro.

A quatro rodadas para o término do Brasileirão, do qual lidera com seis pontos de vantagem para o segundo colocado Santos, o Palmeiras tem mais dois jogos a fazer no Allianz Parque: diante do Botafogo e Chapecoense, nos dias 20 e 27 de novembro, respectivamente.

Foto: Gazeta Press
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