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Santos rebate "inverdades" e se indigna com carta de Arouca
Mais novo reforço palmeirense para a temporada, Arouca sempre disse que não gostaria de deixar o Santos pela porta dos fundos. Ao menos para o clube alvinegro, porém, isso é impossível. Em comunicado divulgado no início da tarde deste sábado, a diretoria santista demonstrou mágoa com o jogador e rebateu a carta por ele publicada na sexta-feira.
“A diretoria do Santos Futebol Clube demonstra indignação com a carta publicada aos torcedores pelo volante Arouca, na tarde de sexta-feira”, diz o comunicado do Santos, que se propõe a esclarecer o que classificou como “inverdades” citadas pelo jogador.
“No dia da reapresentação do elenco profissional, o atleta Arouca teve a oportunidade de expor seus problemas a atual diretoria, mas, mesmo ouvindo a promessa de que em três meses tudo estaria rigorosamente em dia, tomou atitude de ingressar na justiça contra o clube, contrariando carta que publicou em dezembro de 2014, alegando que o Santos era sua segunda casa e que não tomaria medidas judiciais”, afirma a nota.
Este trecho surge para rebater o que o ex-camisa 5 santista escreveu em carta nesta sexta. Arouca se defendeu pelo processo trabalhista que moveu contra o clube, alegando ter "esgotado todas as demais maneiras de solucionar o caso". O jogador ainda criticou os ataques dos torcedores que o acusaram de mercenário, dizendo que a busca por seus direitos provocou valores invertidos.
O Santos desmentiu Arouca. “O atleta não procurou o presidente Modesto Roma Júnior e membros do Comitê de Gestão antes de tomar tal atitude. O jogador não conversou com ninguém e, a caminho dos exames médicos, que foram realizados em São Paulo, deixou o elenco e viajou para o Rio de Janeiro, não demonstrando o carinho e profissionalismo citados”, critica o comunicado, que ainda se encerra com a seguinte frase: “deixar o clube pela porta da frente é não faltar com a verdade, princípio básico do bom relacionamento.”
Pelo Santos, Arouca atuou 268 vezes e conquistou seis títulos (três paulistas, uma Copa Libertadores da América, uma Recopa Sul-Americana e uma Copa do Brasil). No início deste ano, contudo, o meio-campista rescindiu o seu contrato com o clube, que era válido até dezembro de 2016, por conta de atrasos salariais. O julgamento ocorreu nesta sexta-feira, mas o Palmeiras, apalavrado com o atleta desde o início do ano, resolveu assumir a dívida de quase R$ 1,5 milhão do Santos com o jogador, entre luvas, salários e direitos de imagem que não foram pagos.
