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Após fracasso em leilão, Portuguesa tem esperança em acordo

18 nov 2016 - 17h32
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Foto: Vagner Magalhães / Especial para Terra

A tentativa frustrada da venda de parte do terreno em que está o estádio do Canindé, por parte do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, está longe de encerrar a batalha judicial entre os credores e a Portuguesa. Até uma nova tentativa de negociação, que deverá ser determinada pela Justiça para fevereiro do próximo ano, o clube vai tentar um novo acordo para o pagamento das dívidas. Já os credores deverão recorrer à Justiça para receberem os valores devidos.

No leilão marcado para esta sexta-feira não apareceram interessados. O lance mínimo era de R$ 74,1 milhões, 60% do valor da avaliação, que atingiu R$ 123,5 milhões. Para a Portuguesa, o valor de mercado do terreno supera os R$ 350 milhões. Mesmo com 600 cadastrados para participação, não foi feito nenhum lance. Somente na Justiça do Trabalho são 248 processos, que incluem ex-jogadores e ex-funcionários. 

Na próxima semana, o juiz responsável pelo caso, Maurício Marchetti, da 59ª Vara Trabalhista de São Paulo, irá decidir o andamento do processo.

O presidente do clube, Leandro Teixeira Duarte, neto do ex-presidente Osvaldo Teixeira Duarte, que construiu o estádio em sua gestão, disse que a ideia, nestes pelos menos três meses, é a de propor um novo acordo para a dívida. 

"A Portuguesa não tem outra alternativa a não ser brigar pelo valor a ser pago. Somente com juros, a dívida cresce cerca de R$ 500 mil por mês. O clube não pode ficar dependendo de terceiros. Precisamos encontrar uma solução dentro da nossa comunidade. Uma parceria imobiliária seria algo para longo prazo, mas também poderia fazer parte do acordo", disse.

Para a advogada de boa parte dos credores, Gislaine Nunes, a possibilidade de um acordo é remota. Segundo ela, outros já foram feitos, mas não cumpridos.

Gislaine disse não ter comparecido ao leilão por sofrer ameaças de parte da torcida da Portuguesa, mas que na próxima segunda-feira tomará medidas judiciais para dar andamento ao caso.

"Não posso revelar a minha estratégia, mas medidas judiciais serão tomadas. A minha intenção não é a de acabar com o clube, mas uma solução precisa ser dada. Os credores precisam receber o que é devido a eles", disse.

Ela disse ainda acreditar que não houve interessados na aquisição do terrano por conta da crise econômica que o país atravessa. "O dinheiro está sumido".

Fonte: Especial para Terra
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