"Precisei perder em 2015 para ser campeão em 2016", afirma Márquez
Em 2013, Marc Márquez se tornou o mais jovem campeão da história da MotoGP. Três anos depois, o espanhol bateu mais um recorde, ao alcançar o tricampeonato da elite da motovelocidade, e ser novamente o mais jovem a ser pentacampeão mundial. Para ele, um ano de poucos riscos foi a chave para o novo título, conquistado com três corridas de antecedência.
"Quando começamos a temporada, lutamos muito. Sempre acreditamos, estávamos nos esforçando. Neste ano, nós mudamos a estratégia, então eu estava mais calmo. Em alguns momentos, eu pude forçar mais, ser muito mais veloz. Na última temporada, nós tentamos muito, a pressão estava lá, mas não conseguimos", afirmou o piloto da Honda.
O espanhol de 23 anos se considera um corredor forte, mas decretou que sempre existiram dúvidas em torno de suas performances. Principalmente após a última temporada, onde venceu cinco corridas (o mesmo número deste ano), mas abandonou seis, contribuindo para impedi-lo de faturar o tricampeonato em 2015.
"O ano passado foi muito difícil. Eu talvez tenha perdido um Mundial para compreender isso. Era capaz de pilotar de uma forma, mas as pessoas na equipe já haviam me dito que a consistência é mais importante. Eu não havia entendido, mas assim que sai derrotado em 2015, isso entrou em minha cabeça", explicou.
Márquez então afirmou que usou esta experiência e aprendizado para construir seu caminho até o título da MotoGP deste ano. "Claro que usamos essa tranquilidade, mas ao final de algumas corridas eu precisei arriscar. Em 2016, fui capaz de finalizar estas provas no pódio e com vitórias" comemorou.
Agora, o mais novo pentacampeão mundial terá três compromissos para festejar seu novo título. O circuito da motovelocidade irá para Phillip Island, na Austrália, Sepang, na Malásia, e Valência, na Espanha, onde Márquez poderá voltar para comemorar em casa.
"Acredito que agora o antigo Marc Márquez voltará às pistas", brincou o espanhol, quando perguntado sobre qual estratégia adotará nas corridas finais da temporada. Sem a pressão pelo título, o jovem piloto poderá subir em sua moto laranja com serenidade, para divertir-se com o largo sorriso que vive a espalhar.
Gazeta Esportiva
