Pelo menos 24 pessoas foram detidas neste sábado após um protesto em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, palco do jogo de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão, do dia 15 de junho. Segundo os próprios manifestantes, a cavalaria da Polícia Militar acuou o grupo em uma "emboscada" com a tropa de choque. O grupo protestava contra o uso de dinheiro público em obras para a Copa do Mundo. PM detêm 24 pessoas e revolta manifestantes Foto: Agência Brasil Um grupo de aproximadamente 3 mil pessoas protestou no entorno do Estádio do Maracanã, um pouco antes da partida entre Itália e México, pelo Grupo B da Copa das Confederações. Com ânimos exaltados, manifestantes e PMS entraram em confronto no viaduto Oduvaldo Cozzi e a polícia disparou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral. Profissionais da imprensa que acompanhavam a chegada dos torcedores inalaram o gás e a estação São Cristóvão do metrô chegou a ser fechada. PM impede protesto no Maracanã e atira com bala de borracha e bombas Foto: Mauro Pimentel Pelo menos 50 policiais militares foram acionados para fazer um bloqueio, na orla da Lagoa da Pampulha, entre a Igreja de São Francisco de Assis e o Estádio do Mineirão, no dia do jogo entre Nigéria e Taiti. Cerca de 300 manifestantes, entre professores da rede estadual, policiais civis e estudantes, tentavam chegar ao estádio, mas foram impedidos pela polícia. As categorias desobedecem uma decisão judicial que proibiu durante o período de Copa das Confederações qualquer manifestação em vias próximas ao acesso ao Mineirão. Marcha de professores e policiais se dissipa após bloqueio no Mineirão Foto: Diego Garcia Um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia na região do Estádio do Castelão, em Fortaleza, antes da segunda partida do Brasil na competição. Durante 20 minutos, houve um clima de tensão em uma barreira policial ao redor do estádio. Quando um grupo tentou passar pela polícia, os PMs reagiram com gás lacrimogêneo e bala de borracha. Manifestantes, jornalistas e até um menino de aproximadamente 5 anos sofreram com os efeitos das bombas. Manifestantes furam bloqueio e PM contra-ataca com gás e balas de borracha Foto: Ricardo Matsukawa/Terra O que começou com mais um ato pacífico terminou em violência. Polícia Militar e manifestantes entraram em confronto no dia em que Uruguai e Nigéria se enfrentaram na Fonte Nova. Bombas de gás lacrimogêneo e armas com balas de borracha foram utilizadas pela polícia para dispersar manifestantes. Quinze ônibus foram incendiados em uma das ligações para o estádio. O confronto começou quando cidadãos que protestavam tentaram furar a segunda barreira policial nas proximidades da Arena e se seguiu pelos arredores. Sobrou até para micro-ônibus da Fifa, que foram apedrejados. PM e manifestantes entram em conflito na BA; 15 ônibus são destruídos Foto: Bruno Santos/Terra A manifestação que ocorreu em frente à Fonte Nova que recebia Itália x Brasil começou de forma tranquila e pacífica. Depois da partida, entretanto, a manifestação que reunia cerca de duas mil pessoas de forma pacífica em frente ao Shopping Iguatemi foi violentamente reprimida pela Polícia Militar. Os manifestantes fecharam duas pistas da Avenida Tancredo Neves e, para liberar o trânsito, os policiais atiraram bombas de gás lacrimogêneo. Os ataques se intensificaram com a reação de alguns membros do protesto, que atiraram objetos contra as tropas. Após jogo do Brasil, polícia avança sobre manifestantes em Salvador Foto: AP Japão e México se enfrentavam no Mineirão quando teve início confronto nos arredores do estádio. A confusão começou quando manifestantes chegaram ao cordão de isolamento feito pela Polícia Militar. Na tentativa de furar o bloqueio, participantes do ato jogaram pedras, bombas caseiras e outros objetos. A polícia começou a revidar depois de 15 minutos e lançou bombas de gás lacrimogêneo. Pelo menos cinco policiais, seis manifestantes, três fotógrafos e uma repórter ficaram feridos. MG: PMs, manifestantes e jornalistas ficam feridos durante protesto Foto: Ney Rubens/Especial para Terra O Castelão recebeu a partida entre Nigéria e Espanha e também um protesto contra a Copa. Desta vez, o clima foi mais tranquilo entre manifestantes e Polícia Militar. Além do Mundial, os presentes cobravam por melhoras nos salários dos professores e na saúde pública. Manifestantes caminham em direção ao Castelão, palco de Nigéria x Espanha Foto: Bruno Santos/Terra Já era esperado que Polícia Militar e manifestantes entrassem em confronto em frente ao Mineirão durante a semifinal entre Brasil e Uruguai. Não houve surpresa. Depois que um grupo derrubou barreira de proteção e tentou avançar em direção ao estádio, o policiamento revidou com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Ainda nos arredores, vândalos atacaram lojas e concessionárias de carro e aproveitaram para promover incêndios. Um manifestante caiu do Viaduto José Alencar e não resistiu aos ferimentos. Manifestantes chegam ao Mineirão e entram em confronto com Choque Foto: AFP Enquanto Itália e Espanha decidiam o adversário do Brasil na final da Copa das Confederações, novamente houve conflito fora de um estádio. Várias cenas de confrontos entre policiais e manifestantes foram registradas nos arredores do Castelão. Segundo informações oficiais, pelo menos sete pessoas ficaram feridas - cinco homens da Cavalaria da Polícia Militar foram feridos por pedras e objetos. Além disso, mais de oitenta foram detidos. Cerca de dez mil pessoas foram à arena protestar contra os gastos na Copa. Confrontos em Fortaleza terminam com feridos, prejuízo e 87 detidos mais especiais de esportes