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Braz lembra de promoção com Caio Jr. e amizade com 'Messinho Maia'

2 dez 2016 - 07h41
(atualizado às 07h41)
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Todo jogador recorda com carinho da primeira vez que entrou em campo como profissional. Com David Braz não é diferente. Em 2007, o zagueiro, hoje no Santos, jogou pela primeira vez com a camisa do Palmeiras, sendo promovido da base do alviverde. A lembrança positiva, porém, ganhou um tom de tristeza desde a última terça-feira. Isso porque quem deu a oportunidade inicial na carreira do jogador foi o técnico Caio Júnior. O treinador estava no voo da Chapecoense e foi um dos 71 mortos no trágico acidente com a delegação do clube de Santa Catarina, na Colômbia.

"Fui promovido para os profissionais pelo Tite, mas foi o Caio quem me lançou para o futebol. Um cara sensacional, que me ajudou muito naquele primeiro ano. Ele tinha uma confiança enorme no meu trabalho. Eu fui a revelação de 2007 do Campeonato Paulista e ele foi o melhor treinador. Depois, ele me convidou para jogar no Vitória. Me ligou e fui para lá em 2013. Infelizmente, por um problema com a diretoria do time baiano, eu passei a treinar separado e depois daquilo eu não tive mais contato com o Caio. Porém, no fim do jogo entre Santos e Chapecoense, em outubro, ele veio falar comigo. Perguntou se eu tava chateado por conta do que aconteceu na Bahia. Disse que não e ouvi ele me dizendo que tinha certeza que eu daria a volta por cima no Santos. Também me falou que tinha orgulho de ter me subido ao profissional. Ainda demos um abraço naquela noite", disse Braz, muito emocionado, em entrevista para a Gazeta Esportiva.

Além de Caio Júnior, o defensor também tinha contato com vários atletas da Chape. Mas o principal deles é Arthur Maia. Apesar de ter uma passagem conturbada pelo Vitória, onde foi afastado e até cobrou publicamente algumas dívida do Rubro-Negro Baiano, Braz ficou muito próximo do meia, colocando até um apelido curioso no amigo, que também morreu na tragédia com a Chapecoense.

"Eu chamava o Arthur de 'Messinho Maia'. Era meu companheiro lá. Jogávamos futevôlei direto. Quando eu estava afastado do grupo, a gente se encontrava sempre que dava. Ele era meu companheiro de praia. Um grande amigo, conheci sua noiva, grande pessoa. Casal maravilhoso. No último jogo contra a Chape a gente até trocou a camisa. Com a saída para outros clubes, a gente acabou não tendo contato direto, mas sempre que tinha oportunidade nós estávamos juntos. Perda muito grande. Tinha muito talento e era um ser humano exemplar. Um grande parceiro que tive", concluiu Braz.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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