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Santos adota tiki-taka, boicota chutões e pede paciência à torcida

9 mar 2016 - 10h57
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O Santos de 2016 continua com a mesma proposta do ano passado de priorizar o ataque, o jogo ofensivo, o futebol arte, como manda o ‘DNA santista’. Agora, porém, Dorival Júnior quer mais. Desde os primeiros treinamentos desta temporada, o treinador tem feito trabalhos específicos sobre posse de bola, que incluem até a participação do goleiro Vanderlei. Tudo para evitar os chutões e fazer com que a equipe domine as ações nas partidas.

"Ele tem passado bastante para nós em relação à posse de bola, para termos a posse de bola. Procurarmos trabalhar não só de um lado, porque normalmente quando você está de um lado o adversário fecha esse lado. Virando (o jogo), você encontra os espaços, um jogador livre. É isso que ele está pedindo e estamos procurando fazer", comentou Renato. "Ele pede também para acelerar e sair no contra-ataque. A posse de bola é quando a equipe adversária está postada".

O Peixe já é o segundo clube do Campeonato Paulista com maior número de passes certos. Fica atrás apenas do Audax, que segue com o estilo de jogo diferenciado, onde ninguém tem posição fixa. Dorival, ainda prefere não ser tão ousado.

"O professor nos pede sempre para que a troca de passes seja do meio de campo para a frente. Claro que, se formos apertados, vamos tocar para o Vanderlei, mas não pode ser excessivo", explicou o volante alvinegro. "Tem essa orientação. Estamos trabalhando, fazendo jogos com campo reduzido. Claro que não vamos nos arriscar em demasiado", completou.

O maior problema ainda é enfrentar a impaciência da maior parte dos torcedores, que em geral, não gostam quando os jogadores trocam passes laterais enquanto procuram uma brecha na defesa adversária, principalmente quando o placar é desfavorável.

"Essa é a cultura aqui, não só no Santos, acho que nos outros clubes também. A partir do momento que você está atrás no placar, com certeza a reação do torcedor é diferente. Ele quer que o time ataque. O torcedor ainda não colocou na cabeça que mantendo a posse de bola você vai encontrar os espaços. O torcedor quer que vá para o contra-ataque, vá para cima. Tem de ter essa paciência. Estamos tentando aos poucos", ressaltou Renato, atleta mais experiente do elenco (36 anos), e que passou oito jogando na Espanha, onde os torcedores já aceitam esse estilo de jogo com mais naturalidade.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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