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Dininho lamenta não ter dez anos a menos para ‘salvar’ São Caetano

2 out 2014 - 15h12
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Aos 39 anos, Dininho já não atua mais profissionalmente, mora em Itapagipe, no interior de Minas Gerais, mas acompanha de longe o drama vivido pelo clube que mais serviu ao longo de sua carreira. Vice-campeão brasileiro em duas ocasiões, finalista da Libertadores em 2002 e campeão paulista de 2004 pelo São Caetano, o zagueiro sofre com a queda do time para quarta divisão nacional. Por gratidão à equipe do ABC Paulista, até lamenta já não ter mais fôlego para entrar em campo.

"A vontade é ter 10 anos a menos para voltar a jogar. Tive muito prazer em vestir a camisa do São Caetano, pois é um clube que sempre honrou o compromisso com o jogador. Lamento muito essa situação, pois devo muito ao São Caetano. Hoje, estou sonhando em ver a equipe de volta à elite do futebol brasileiro. Infelizmente, eu já parei de jogar, mas sou um torcedor nato, e sempre estarei torcendo pelo clube", lastimou Dininho em entrevista à GazetaEsportiva.Net.

As recordações de sua passagem de sete temporadas pelo clube são positivas. O defensor chegou ao clube do ABC Paulista em 1998, quando o Azulão ainda não figurava sequer na elite estadual. Dininho, porém, se deparou com um elenco formado por jogadores que tinham o mesmo propósito: nomes ainda desconhecidos que, assim como a equipe, buscavam ganhar destaque."O São Caetano foi feliz nas contratações, trouxe jogadores desconhecidos que foram muito bem. Esses atletas tinham a mentalidade a aproveitar a oportunidade. Nós éramos uma família. A gente não via a hora de chegar o dia de treinamento, era muito prazeroso trabalhar no São Caetano. O ambiente era muito bom, tínhamos amizade com os funcionários, e a diretoria era muito parceira do jogador", recordou o zagueiro, que depois passou por Palmeiras e Flamengo.

O sucesso com a camisa do Azulão despertou o interesse do futebol nacional, e, na temporada de 2005, Dininho se transferiu para o Sanfrecce Hiroshima, do Japão. A saída do jogador coincidiu com o fim da era gloriosa do clube. Após o título paulista de 2004, o São Caetano ainda conseguiu chegar à final em 2007, mas não apresentava a mesma força do passado. Um ano antes já havia sido rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, e assim começou a derrocada até a quarta divisão."Eu acompanhei de longe. Não posso ter certeza para falar o que aconteceu, mas o que a gente ouvia falar de problemas era o excesso de jogadores no elenco. A equipe não conseguia manter a base de um campeonato para o outro. Em 2007 até fez uma boa campanha no Paulista, mas no Brasileiro já não estava bem. Depois disso, as coisas começaram a piorar. Não é o que a gente queria ver, ainda mais comparado ao que a gente deixou na época", analisou o zagueiro.

Apesar do momento difícil, Dininho ainda tem esperanças de ver o clube brigando novamente por títulos importantes. O zagueiro se apoia no fato de que a diretoria atual é composta por aqueles que também promoveram à ascensão meteórica no passado. O presidente Nairo Ferreira, por exemplo, permanece no Azulão, assim como o diretor de futebol Genivaldo Leal.

"Acredito que é possível voltar, pois a diretoria é a mesma, sabe o que foi feito antes. Para o São Caetano voltar, será preciso fazer as mesmas coisas de antes, trabalhar como no passado. Tem estrutura para isso, é uma cidade que gosta muito de futebol. Na minha época tinha muitos simpatizantes, o estádio lotava contra os times grandes, é um pessoal que gosta de futebol. A diretora tem que voltar a fazer o que fazia antes", aconselhou o jogador.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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